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Tapete do Oscar volta a ser vermelho depois de o bege fracassar no ano passado

Tradição é retomada nesta edição após substituição por tecido cor de champanhe que não agradou ao público em 2023

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Sarah Bahr
The New York Times

Depois de um tapete vermelho que abalou as bases da tradição hollywoodiana no ano passado —ele era bege— a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas revelou na quarta-feira que, neste ano, retornará ao vermelho tradicional.

Preparação do tapete vermelho para a 96ª edição do Oscar - Mike Blake/Reuters

A quebra da tradição no ano passado foi motivada pela introdução de uma tenda laranja —desculpe, sépia— sobre o tapete, que serviria para abrigar os convidados, vestidos de alta-costura, de uma possível tempestade. Lisa Love, consultora criativa do tapete vermelho para o Oscar, afirmou ao The New York Times que a mudança de cor era necessária para evitar um choque de visual.

Depois de considerar um tapete marrom chocolate, ela disse que optaram pela cor champanhe, que, ao lado da tenda sépia, "foi inspirada no pôr do sol em uma praia de areia branca com uma taça de champanhe na mão, evocando calma e tranquilidade", disse ao Times.

Love reconheceu na entrevista que poderia ser um desafio manter limpo o tapete de 4.645 metros quadrados, que passava uma áurea de "casa sem sapatos".

"Provavelmente vai sujar —talvez não tenha sido a melhor escolha", disse Love na época. "Vamos ver!" A chuva forte de fato chegou, e comentaristas online também questionaram a decisão.

O tapete champanhe do ano passado —a primeira vez em mais de seis décadas que o tapete de chegada da Academia não foi vermelho— fez parte de uma tendência de tapetes coloridos que varreram estreias, galas e cerimônias de premiação nos últimos anos. Basta ver o exemplo do Emmy, em que o item de decoração é cinza, ou a estreia mundial de "Barbie", em Los Angeles, que contou com um tapete rosa.

Os tapetes vermelhos têm sido um elemento básico em estreias e galas desde 1922, quando o showman Sid Grauman desenrolou um para a estreia de 1922 de "Robin Hood", estrelado por Douglas Fairbanks, no Egyptian Theater em Hollywood. O Oscar adotou a prática a partir da cerimônia de 1961 e, desde então, a cor especial —conhecida como "vermelho Academia"— é instantaneamente reconhecível em fotos.

Mas os tapetes chamativos historicamente apresentaram um desafio para os estilistas. O vermelho muitas vezes não é fácil, disse Mindi Weiss, uma planejadora de eventos que trabalhou com os Kardashians, Justin Bieber e Ellen DeGeneres, ao Times no ano passado.

"A cor dos tapetes vermelhos mudou por causa da moda", disse ela. "Tem que combinar com os vestidos, e o vermelho entrava em conflito."

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