A partir de 2025, a editora Fósforo vai começar a preparar obras com textos do jornalista Otavio Frias Filho publicados na imprensa, mas inéditos em livro. Também passará a reeditar os volumes lançados em vida pelo autor.
O projeto tem organização geral de Luiz Frias, publisher da Folha e irmão de Otavio, e de Fernanda Diamant, uma das sócias da Fósforo e viúva do jornalista.
Diretor de Redação da Folha por 34 anos e mentor do Projeto Folha, que modernizou o jornalismo brasileiro na década de 1980, Otavio morreu em 21 de agosto de 2018, há exatamente seis anos.
Para o ano que vem, está previsto um lançamento com escritos de diferentes gêneros, que tinham sido selecionados por Otavio e Diamant.
Entre eles, incluem-se as resenhas dos três volumes da biografia de Getúlio Vargas, de Lira Neto, publicadas na Ilustríssima, nesta Folha. O livro também terá o perfil do líder político e jornalista Carlos Lacerda, um ensaio sobre o antropólogo Claude Lévi-Strauss e um comentário sobre a correspondência entre os poetas Elizabeth Bishop e Robert Lowell, que saíram na revista piauí.
Essa edição vai abarcar ainda resenhas de livros de Otto Lara Resende e de Philip Roth, ambas publicadas na revista 451, e o posfácio feito para "O Jornalista e o Assassino", de Janet Malcolm, lançado no Brasil pela Companhia das Letras.
A partir de 2026, a Fósforo planeja reeditar em um só volume "Seleção Natural", uma reunião de ensaios, e "De Ponta-Cabeça", uma série de artigos publicados na Folha. Também prevê o relançamento de "Queda Livre - Ensaios de Risco", acompanhado de novos textos do autor e uma recepção crítica.
O projeto contempla ainda um livro voltado para o Otavio dramaturgo, com peças como "Tutankáton" e "Rancor", além de uma inédita. E também uma publicação com os textos dedicados ao público infantil e outra com reflexões sobre o jornalismo.
O objetivo dos organizadores é que essas obras sejam lançadas até 2028, quando se completará dez anos da morte de Otavio.
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