Em evento em que deu posse ao ministro Ronaldo Fonseca (Secretaria-Geral), o presidente Michel Temer disse que "se Deus quiser" a crise gerada pela paralisação dos caminhoneiros, que nesta segunda (28) chega ao 8º dia, terminará logo.
"Esse episódio que nós estamos vivendo agora, se Deus quiser logo superaremos", afirmou.
O presidente disse ainda que foi criticado por não ter usado a força logo no início dos atos da categoria.
"Nós não fazemos assim. Não é nossa vocação, a nossa vocação é do acerto, do diálogo, da conciliação, do ajuste, que é o que fizemos ao longo desta semana", afirmou.
Temer afirmou ainda ter "absoluta convicção" de que entre esta segunda e terça-feira (29) os protestos terminarão e que o fim dos atos trará "muita tranquilidade" ao país.
Apesar da declaração do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), na manhã desta segunda, de que as reivindicações dos caminhoneiros foram atendidas e as negociações se esgotaram, ainda há veículos parados ou bloqueando estradas.
O anúncio de redução no preço do diesel e criação de um preço mínimo para o frete, feito pessoalmente pelo presidente Temer, não foi suficiente para desmobilizar a paralisação.
O protesto, que completa oito dias, interrompeu parcialmente o fornecimento de combustível e outros bens (como alimentos e medicamentos) e afeta comércio e serviços em várias cidades brasileiras.
Às 14h desta segunda, a Polícia Rodoviária Federal informou haver 556 pontos de bloqueio em rodovias federais, na maioria parciais. Há caminhões parados em protesto nas rodovias Régis Bittencourt e Dutra, além de em outras estradas —federais e estaduais— pelo país. No estado de São Paulo, não há interdição total de rodovias.
Para compensar o custo das medidas anunciadas, o governo estuda aumentar impostos para compensar redução no preço do diesel e negou que haja possibilidade rever a política de preços da Petrobras.
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