Arrecadação tem queda real de 0,66% em janeiro

Recolhimento de tributos federais ficou em R$ 160,4 bilhões, terceira queda seguida

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Brasília

A arrecadação federal patinou no primeiro mês de governo do presidente Jair Bolsonaro, registrando queda real (já descontada a inflação) de 0,66%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

O resultado de janeiro ficou em R$ 160,4 bilhões, informou a Receita Federal nesta terça-feira (19). Esta foi a terceira queda mensal seguida.

O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, afirmou que não há preocupação do governo em relação a uma eventual perda de ritmo das receitas.

“Os ganhos serão marginais a partir de agora. Começamos agora a comparar uma base que já sofreu o efeito da retomada da economia. É um movimento normal”, disse.

Produção fotográfica com moeda girando
Recolhimento de tributos federais ficou em R$ 160,4 bilhões, terceira queda seguida - Adriano Vizoni/Folhapress

De acordo com o fisco, o comportamento das principais variáveis da economia afetaram a arrecadação. A produção industrial teve queda de 5,23% em janeiro, em comparação com o mesmo mês de 2018. A massa salarial, por sua vez, retraiu 1,59%.

A Receita argumenta ainda que um recolhimento elevado de dívidas tributárias regularizadas no início do ano passado distorceu os dados. Essa fonte de recursos colocou R$ 8,2 bilhões nos cofres da União em janeiro de 2018, enquanto o valor recebido em janeiro de 2019 foi de R$ 480 milhões.

“Em janeiro de 2018, tivemos arrecadação bastante positiva que decorreu de quitação de uma só vez de parcelamentos. Neste ano, nós não tivemos esse valor”, disse Malaquias.

Também pesou negativamente a redução de alíquotas de tributos incidentes sobre o óleo diesel. Essa conta fez a arrecadação ser quase R$ 1 bilhão menor no primeiro mês deste ano, ante janeiro de 2018.

Por outro lado, a Receita afirma que houve alta de 7,71% no recolhimento de IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido), um reflexo de melhora no resultado das empresas.

Na evolução dos últimos 12 meses, o saldo ainda é positivo. O período encerrado em janeiro acumula alta de 3,58% acima da inflação.

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