Guedes volta a falar em reduzir R$ 100 bi nos compulsórios

Ministro da Economia afirmou que também pretende focar pacto federativo e reforma tributária

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Novo Hamburgo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, retomou a discussão sobre reduzir compulsórios no valor de R$ 100 bilhões.

“Nós estamos despedalando os bancos públicos, só que os bancos privados...Houve uma pequena redução do compulsório, de R$ 17 bilhões a R$ 20 bilhões, há estimativa de que isso pode acontecer nos próximos anos, pode chegar até a uns R$ 100 bilhões. Pode ter mais uns R$ 100 bilhões vindo aí no mercado de crédito”, disse o ministro, durante evento em Novo Hamburgo (RS). 

Na semana anterior, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já havia afirmado que a instituição estava reduzindo o compulsório (parcela de dinheiro dos clientes que os bancos não podem usar em operações de crédito) com o objetivo de tornar o mercado bancário mais eficiente.

Guedes também citou que o governo pretende focar neste semestre pacto federativo e na reforma tributária, e que tem dialogado com o Congresso, TCU (Tribuna de Contas da União) e ministros do STF (Superior Tribunal Federal).

"Tenho conversado também com ministros do Supremo que dizem: ‘Olha, isso é uma mudança histórica. Nós queremos participar.’ Acho que é importante nós oferecermos esse futuro para a sociedade brasileira”.

Para o ministro, com essas iniciativas, Jair Bolsonaro "é o primeiro presidente que está cortando os próprios poderes".  

Ao fazer um balanço do primeiro semestre do presidente, Guedes disse acreditar em um "aperfeiçoamento institucional do país", citando Executivo, Legislativo e Judiciário. "Poderes independentes. Um quarto poder, que é a mídia, que trabalhou extraordinariamente bem para construir essa ordem democrática durante 30 anos. Todo mundo erra. Erraram durante essa campanha. Subestimaram o fenômeno Bolsonaro".

Guedes disse ainda que o foco do governo é da desestatização. "Vamos vender essas estatais, vamos botar para investir. Agora fizemos já as primeiras privatizações, o presidente já falou: ‘Olha, agora vêm Correios, depois ali na frente vem, já foi a BR Distribuidora”.

Ao defender a venda dos Correios, lançou pergunta para plateia, durante a palestra, na Universidade ​Feevale. "Entregar carta? Alguém escreve uma carta aí hoje ainda?”

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