Bradesco reage a Itaú e reduz juro do crédito imobiliário a 7,30% ao ano

Corte na taxa do crédito imobiliário acompanha queda da Selic

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São Paulo

O Bradesco respondeu à redução de juros do crédito imobiliário anunciada pelo Itaú na sexta-feira (27) e baixou a sua taxa para a partir de 7,30% ao ano + TR (que está atualmente zerada). O Itaú cobrará a partir de 7,45% + TR.

A nova rodada de redução do custo para o financiamento da casa própria vem na esteira da queda da Selic (a taxa básica de juros da economia) para 5,50% ao ano e com a perspectiva de que poderá encerrar 2019 abaixo de 5%.

Até então, o custo mais baixo era do Santander, que oferecia a seus clientes financiamento a 7,99% + TR.

O crédito imobiliário tem a preferência dos grandes bancos porque serve para construir um relacionamento de longo prazo com os clientes. Além disso, a linha oferece menor risco de calote porque o imóvel é dado em garantia.

O mercado de crédito imobiliário é liderado pela Caixa Econômica Federal, que emprestou entre janeiro e agosto deste ano R$ 10,1 bilhões para a compra da casa própria, financiando 48,7 mil unidades.

O Itaú desembolsou R$ 8,5 bilhões a seus clientes, para 26,5 mil imóveis, enquanto o Bradesco emprestou R$ 8,4 bilhões que apoiaram a compra de 30,2 mil unidades. Os dados são da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

O crédito imobiliário foi uma das linhas que melhor atravessou o período de crise econômica. Tem a preferência dos bancos porque o imóvel é dado em garantia e também porque faz com que o banco estabeleça um vínculo de longo prazo com os clientes, gerando receitas com outros produtos e serviços.

Mas a disputa entre os bancos cresce também na esteira da recuperação do mercado imobiliário e alguns sinais de maior confiança de consumidores para a compra da casa própria.

Ainda de acordo com números compilados da Abecip, foram liberados R$ 6,7 bilhões de reais para o financiamento imobiliário apenas em agosto, uma alta de 18,4% na comparação com igual mês de 2018.

Esse montante de recursos foi destinado para a compra de 26,4 mil unidades, crescimento de 17,3% na comparação anual. Ante julho, a expansão foi de 6%.

Outros indicadores vinham mostrando a recuperação do mercado imobiliário, como o salto no número de lançamentos. A Abrainc (associação das incorporadoras) mostrava 16,3 mil novas unidades lançadas apenas em junho —a maioria delas, 12,6 mil, era do programa Minha Casa Minha Vida.

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