Frango ganha espaço no prato, caos aéreo na Europa e o que importa no mercado

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Voo de galinha

De grão em grão, o frango ganha protagonismo para se tornar a carne mais consumida no mundo.

A diferença em relação ao porco –proteína animal preferida dos asiáticos –tem diminuído, e a OCDE projeta que até o fim da década as aves devem assumir a liderança.

O que faz o frango estar mais presente nos pratos mundo afora:

  • Inflação: o modo de produção com menos custos em relação ao boi e ao porco deixa as aves mais baratas. A tecnologia envolvida fez seu preço cair 47% de 1960 a 2019 (corrigido pela inflação), segundo cálculos da The Economist.
  • Religião: o consumo de aves não sofre nenhuma restrição ao redor do mundo. O islamismo, por exemplo, é a religião que mais cresce e seus seguidores não comem carne de porco, assim como os judeus.
  • Novos hábitos alimentares: a preferência por carne branca em dietas mais saudáveis também pesa a favor do frango.

Em números: o estudo da OCDE projeta que as aves devem representar 41% de todo consumo em 2030, na frente de suínos (34%), bovinos (20%) e ovinos (5%). Os peixes não entram na conta.

Brasil na dianteira: por aqui, o consumo de frango já é o líder entre as proteínas animais e deve representar 51% de todo o consumo em 2022. O país é o segundo maior produtor e o maior exportador.

Sim, mas…O modo de produção da proteína, que fez o tamanho médio de um frango de corte aumentar 400% em pouco mais de meio século, também é alvo de críticas.

  • Walter Suárez-Sánchez, veterinário e doutor em comportamento animal ouvido pela BBC, afirma que as aves costumam sofrer com problemas de locomoção e dores nas articulações provocadas por seu peso.

Caos aéreo na Europa

A maior demanda por passagens com o fim das restrições da pandemia e a escassez de funcionários em companhias aéreas e aeroportos criaram um cenário de milhares de cancelamentos de voos na Europa.

Na sexta (24), a companhia alemã Lufthansa, maior do continente em número de aviões, informou que cancelou 2.200 voos. A dor de cabeça afeta principalmente as áreas low cost, como Ryanair e EasyJet.

O que explica:

  • Demanda aquecida: o primeiro verão no Hemisfério Norte desde que a pandemia deu uma aliviada aumentou a busca por voos. Na Inglaterra, o problema vem desde o feriado do Jubileu de Platina da rainha Elizabeth 2ª.
  • Falta de funcionários: depois de ter demitido muitos trabalhadores no auge da pandemia, agora as companhias lutam para convencê-los a voltar ao trabalho. Outro motivo citado pelas aéreas é o aumento de casos de Covid-19, que deixa aeronautas afastados.
Acúmulo de bagagens no aeroporto Heathrow, em Londres
Acúmulo de bagagens no aeroporto Heathrow, em Londres - Henry Nicholls - 19.jun.2022/REUTERS

Reflexos:

  • No aeroporto Heathrow, em Londres, a falta de mão de obra combinada com uma falha técnica no sistema de bagagem causaram filas intermináveis de malas. Cerca de 10% dos voos previstos para a última segunda (20) foram cancelados.

Mais sobre setor aéreo:


Startup da Semana: Lemon Energia

O quadro "Startup da Semana" traz às segundas o raio-x de uma startup que recebeu aporte recentemente.

A startup: fundada em 2019, faz o meio de campo entre geradores de energia renovável –principalmente solar– e pequenas e médias empresas que querem gastar menos com a conta de luz. Está presente em seis estados do país.

Em números: a Lemon anunciou ter recebido um aporte Série A de R$ 60 milhões (entenda aqui as etapas de investimento em startups), o maior dessa rodada na última semana no Brasil.

Os investidores: o aporte foi liderado pelos fundos Kaszek (que tem na carteira Nubank, QuintoAndar, Gympass) e Lowercarbon Capital, gestora dos EUA com foco em iniciativas que reduzam as emissões de carbono.

Que problema resolve: o serviço permite aos empresários uma economia de uma a duas contas de energia por ano, disse à Folha no ano passado o fundador da Lemon, Rafael Vignoli.

  • A startup ganha dinheiro mediando os créditos de energia dos negócios que entram como consumidores. As empresas têm a vantagem de não precisar fazer obras ou instalações para acessar a energia limpa.

Por que é destaque: este é mais um investimento em uma empresa ligada à agenda ESG. O aporte também mostra a força do país na área de energia solar, que deve movimentar R$ 34 bilhões em investimentos até 2026, na projeção da CCEE.

Para onde vai o dinheiro: a prioridade é para ampliar a equipe de funcionários, com foco em áreas de tecnologia, dados e produto, disse a empresa.

Mais sobre a startup: tem um projeto em parceria com a Ambev, uma de suas investidoras, para levar energia limpa e menos custosa a pontos de venda da cervejaria.


A semana em resumo

Foram 15 rodadas de captação feitas na América Latina, com US$ 44,5 milhões (R$ 224 milhões) em investimentos. O Chile liderou com a captação de US$ 17 milhões da healthtech Examedi, seguido de perto pelo Brasil (US$ 16,4 milhões).

Os dados são fornecidos pela plataforma Sling Hub.


Como investir para a aposentadoria

Uma renda extra para a aposentadoria deve ser planejada desde cedo para evitar contratempos no futuro.

Os especialistas recomendam um mix de investimentos para diversificar a carteira e torná-la resistente ao vaivém dos ciclos econômicos que atingem a nossa economia. Tudo deve ser feito de acordo com o perfil de risco de cada um.

  • Como para a maior parte dos brasileiros a aposentadoria garantida do INSS será menor que o salário na ativa (faça a simulação aqui), a dica dos especialistas é se planejar para ao menos ter um valor igual a essa renda mensal.
  • Previdência privada, títulos de renda fixa e ativos considerados mais arriscados, como Bolsa (desde que tenha estômago para a natural volatilidade), são algumas das opções. Entenda as características de cada ativo.

Mais sobre investimentos:

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