Fundo árabe aumenta oferta por Burger King Brasil, corte no preço do gás de cozinha e o que importa no mercado

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BlackRock olha além da eleição

Com US$ 10 trilhões em ativos sob gestão ao redor do mundo, a BlackRock não ignora a eleição brasileira, mas diz que o resultado do pleito não é determinante para sua estratégia de investimentos.

O que explica: como seus planos partem de uma visão mais global, a gestora embute fatores locais nos riscos, mas prefere analisar a região como um todo, principalmente em mercados emergentes.

  • Nesse caso, a preocupação da BlackRock, diz Axel Christensen, seu estrategista-chefe de investimentos para América Latina, é acerca da capacidade da região apresentar um crescimento econômico consistente e sustentável no longo prazo.
  • Para o mercado global, em especial EUA e Europa, onde o grosso da grana da gestora está, a atenção é para até que momento irá durar o atual ciclo de alta de juros e se a inflação cederá como resposta a esse remédio amargo.
  • Para o curto prazo, Christensen, da BlackRock, não espera uma recuperação dos mercados de ações e renda fixa em escala global.

Mais sobre o mercado financeiro:

O fundo árabe Mubadala Capital aumentou em 10% sua proposta para assumir o controle da Zamp, operadora das redes Burger King e Popeye’s no Brasil.

  • A oferta é de R$ 8,31 por ação para a compra de 45,15% dos papéis –o fundo já tem 4,95% do capital da companhia.

Países querem imposto mínimo global em 2023

Os maiores países membros da UE (União Europeia) se comprometeram em comunicado conjunto a adotar o imposto mínimo global ainda neste ano, apesar da oposição da Hungria.

Em declaração na última sexta (9), Alemanha, França, Itália, Espanha e Holanda reafirmaram a intenção de adotar "rapidamente" a alíquota mínima de 15% sobre as grandes multinacionais. A proposta tem como objetivo eliminar os paraísos fiscais.

Entenda: a Hungria havia aceitado a ideia de imposto mínimo global, mas agora voltou atrás. A ausência do seu aval complica a entrada em vigor da norma, porque mudanças tributárias na UE geralmente exigem unanimidade entre os Estados membros.

  • Mesmo assim, os países estudam uma alternativa de aplicar a tributação mesmo se a Hungria não quiser. A Alemanha disse estar preparada para implementar a medida unilateralmente.

Relembre: o imposto mínimo global havia sido aprovado pelo G20 e ainda no ano passado foi referendado por 136 países em um acordo costurado pela OCDE.

  • Com alvo na atuação das big techs, ele sugere uma alíquota mínima de 15% para multinacionais com faturamento anual acima de 20 bilhões de euros e margem de lucro superior a 10%.
  • A proposta ainda prevê que essas empresas sejam taxadas também nos países onde atuam, não apenas na localidade de suas sedes. Para entrar em vigor, precisa passar pelos Parlamentos dos países.

Petrobras reduz preço do gás de cozinha

A Petrobras comunicou que passa a valer nesta terça (13) nas distribuidoras o corte de 4,7% no preço médio do GLP, o gás de cozinha vendido em botijão.

Em números: será uma queda de R$0,20 por quilo no preço para as distribuidoras. Assim, o valor médio de um botijão de 13 quilos terá alívio de R$ 2,60 —de R$ 54,94 para R$ 52,34.

  • Em agosto, um botijão de gás de 13 quilos custou, em média, R$ 111,62 para o consumidor brasileiro, conforme dados da ANP. A queda atual é a primeira desde 9 de abril.
  • O reajuste é mais uma boa notícia da Petrobras para o governo. A Folha mostrou como a estatal passou a anunciar a conta-gotas cortes nos valores de combustíveis, como gasolina, diesel, querosene de aviação etc, às vésperas da eleição.

Mais sobre a estatal

Ajudinha nos investimentos: dos R$ 925 bilhões de investimentos privados em infraestrutura alardeados pelo governo para os próximos dez anos, boa parte deles veio de projetos da Petrobras, empresa controlada pelo Estado.

Gasolina cai nas bombas: o preço médio do combustível caiu pela 11ª semana consecutiva nos postos brasileiros, segundo pesquisa da ANP.

  • O preço médio da gasolina recuou 2,5% na semana passada, para R$ 5,04 por litro.

Mundo precisa de mais robôs

Se há alguns anos a preocupação era de que os robôs destruiriam empregos dos humanos, hoje o maior temor é de que a tecnologia não evolua a tempo de salvar a economia mundial da escassez de trabalhadores.

Entenda: o mercado de trabalho no mundo pós-pandêmico enfrenta alguns obstáculos nunca antes vistos. Eles aparecem principalmente em economias mais avançadas, onde a população fica mais velha.

  • O desemprego mundial está em 4,5%, o menor nível desde que os registros globais começaram, em 1980.
  • A população em idade ativa está diminuindo em quase 40 países, contra apenas dois no início da década de 1980.

Corrida contra o tempo: a situação é especialmente mais grave em China, Japão, Alemanha e Coreia do Sul. São justamente esses países que têm mais robôs em suas fábricas –no Japão, são quase 400 deles a cada 10.000 trabalhadores.

  • Políticas de incentivo à natalidade e/ou à imigração também são adotadas para diminuir a escassez de trabalhadores.

Empregos serão destruídos? Como inovações anteriores, os robôs matam algumas profissões e criam outras.

  • Cerca de um terço dos empregos criados nos EUA estão em campos que não existiam ou quase não existiam 25 anos atrás. E um terço "vai mudar fundamentalmente nos próximos 15 a 20 anos", segundo a OCDE.
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