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Messi no Vale do Silício
O craque argentino Lionel Messi, um dos atletas mais bem pagos do mundo, agora também deixará sua marca no Vale do Silício.
É lá que ficará a Play Time, empresa que concentrará os investimentos do jogador em startups de esportes, mídia e tecnologia, segundo o site especializado Tech Crunch.
As decisões sobre onde aportar o dinheiro investido pelo jogador, cujo montante não foi revelado, ficarão sob responsabilidade de Razmig Hovaghimian, que conheceu Messi em 2017, tem experiência em gestão de ativos e já fundou startups.
As apostas: a Play Time comunicou que fez um investimento "seed" (semente, entenda a etapa aqui) na startup AC Momento, que realiza leilões com camisas usadas por jogadores nas partidas.
- Outra empresa que o fundo participou do desenvolvimento é a Matchday.com, estúdio para games de futebol que deve ser lançado até a Copa do Qatar.
Na sombra: com sua entrada no mundo dos negócios, Messi começa a trilhar um caminho percorrido por outros dois gigantes do esporte, o astro do basquete Lebron James e o ex-jogador Ronaldo, o Fenômeno.
- Ronaldo, além de dono dos clubes Valladolid, da Espanha, e Cruzeiro, criou em 2021 uma holding, a Oddz, para gerenciar suas outras empresas –explicamos quais são elas aqui.
- Lebron, que acumula patrimônio de US$ 1 bi (R$ 5,2 bi), segundo a Forbes, não é apenas garoto propaganda de marcas, mas participa e lucra com a produção dos conteúdos e sua distribuição.
Brasileiros negativados
O número de brasileiros negativados bateu recorde em setembro, segundo pesquisa da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) desta quinta.
Em números: a cada 10 brasileiros adultos, 4 (39,71%) estavam negativados no mês passado. A proporção corresponde a 64,25 milhões de pessoas, recorde da série histórica iniciada em 2014.
- A dívida média acumulada pelos que estão negativados era de R$ 3.688,96 em setembro, ainda segundo a pesquisa.
- O setor bancário concentra a maior parte (61,18%) das dívidas pendentes de consumidores no país, seguido de comércio (12,86%) e água e luz (10,51%).
O que explica: a pesquisa é mais uma a constatar a alta da inadimplência dos brasileiros em um cenário de juros nas alturas e renda baixa.
- Também em setembro, o endividamento (79,3%) e a inadimplência das famílias (30%) bateram o terceiro recorde consecutivo.
- Outros indicadores preocupantes são o uso recorde do cheque especial pelos brasileiros e as dívidas do rotativo do cartão de crédito no maior patamar desde 2014.
- As taxas dessas duas modalidades estão entre as maiores do mercado e costumam ficar acima dos 100% ao ano.
Dê uma pausa: Ray Dalio de saída
No começo do mês, o megainvestidor Ray Dalio anunciou que, após 47 anos, saiu do comando do maior fundo de hedge do mundo, o Bridgewater Associates, que tem US$ 150 bilhões em gestão.
Depois de um processo de transição que durou anos, o americano disse que segue na companhia como "mentor" e no conselho de administração.
Dalio também é conhecido por ser autor do best-seller "Princípios" (trad. Vitor Paolozzi, Intrínseca, R$ 89,90, 592 págs., R$ 62,90 ebook) e lançou neste ano um novo livro, o "Princípios para a ordem mundial em transformação" (trad. Alexandre Raposo e Cláudia Mello Belhassof, R$ 139,90, 560 págs., R$ 96,90 ebook).
"Princípios": dividido em três partes, a primeira conta a trajetória do autor no mundo dos investimentos e destaca as ocasiões em que estava errado e a importância desses episódios.
- As outras duas reúnem os princípios que Dalio adota em sua vida e replica no trabalho, local em que a "meritocracia das ideias" é mais importante que a hierarquia de cargos.
"Princípios para a ordem mundial em transformação": Dalio fala no livro sobre padrões que apontam o fim do ciclo do dólar como moeda soberana, mas nele aparece muito da estratégia de investimentos que imperou na Bridgewater –estar preparado para tudo, inclusive para o que considera como "cenários de fim de mundo".
Além da economia:
- Guia Folha: Veja 30 filmes imperdíveis da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
- Eleições na Internet: Não é interesse das plataformas censurar conteúdo, diz Ronaldo Lemos.
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