Preço da gasolina sobe nos postos, PIB chinês adiado e o que importa no mercado

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Gasolina volta a subir nos postos

Após 15 semanas de queda, o preço da gasolina voltou a subir nos postos brasileiros, segundo a pesquisa semanal de preços da ANP.

Em números: o combustível foi vendido em média a R$ 4,86 por litro, numa alta de 1,4% em relação à semana anterior.

  • Controlada pelo fundo árabe Mubadala, a refinaria acompanha mais de perto as variações das cotações de petróleo.

A Petrobras, que controla as outras refinarias do país, não altera os preços há mais de um mês.

As cotações do petróleo saltaram no começo do mês, depois que a Opep+ decidiu cortar o ritmo de produção em dois milhões de barris por dia. Nos últimos dias, porém, elas esfriaram refletindo o temor de recessão global.

Defasagem: nesta segunda, o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras estava 8%, ou R$ 0,30 por litro, abaixo da paridade de importação, conceito utilizado pela Petrobras que simula o custo para trazer combustível ao país.

  • No caso do diesel, a defasagem era de 12%, ou R$ 0,70 por litro. Os dados são da Abicom (associação de importadoras).

Barsi na mira da CVM

Um dos principais investidores individuais da Bolsa brasileira, Luiz Barsi Filho está sob investigação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

O bilionário diz que as operações foram lícitas.

Entenda: o inquérito aberto pela xerife do mercado quer investigar um possível uso de informação privilegiada na negociação de ações da Unipar na Bolsa antes da divulgação de um fato relevante em 2 de junho de 2021.

  • Na época, a empresa informou ter feito um acordo de confidencialidade para uma possível operação com a Compass Minerals. Em reação ao comunicado, as ações da Unipar subiram 5,7%.

Barsi, conhecido por sua estratégia de evitar a venda de ações e valorizar empresas que distribuem dividendos, é um dos principais acionistas da Unipar, com cerca de 14% dos papéis com direito a voto.

  • Ele também ocupa a vice-presidência do conselho de administração da companhia.

Outro lado: em nota, o megainvestidor disse que é acionista da Unipar há mais de 10 anos e que não atua de maneira especulativa no mercado.

  • Ainda de acordo com Barsi, o procedimento em curso na CVM se trata de uma apuração, "do qual tenho plena convicção que nada de errado foi praticado."
Luiz Barsi Filho, um dos maiores investidores individuais da Bolsa de Valores brasileira - Carla Carniel - 11.jul.2022/Reuters

Mais sobre mercado financeiro:

O cavalo de pau na agenda econômica do governo do Reino Unido e o início da safra de balanços nos EUA geraram otimismo nas Bolsas mundo afora nesta segunda, depois de uma semana azeda.


Natura começa a se 'desinchar'

A Natura&Co comunicou ao mercado nesta segunda que seu conselho de administração estuda um possível IPO (oferta inicial de ações) ou cisão da Aesop, marca australiana de produtos premium para pele e cabelo.

A estratégia segue a linha priorizada por Fábio Barbosa, ex-Santander, que assumiu a presidência da Natura em junho com a promessa de dar mais autonomia às marcas do grupo.

  • Na visão de consultores e analistas de mercado, a companhia ficou grande demais depois de aquisições.
  • A Aesop foi a primeira grande marca a entrar sob o guarda-chuva da Natura, em 2013. Em 2017, a companhia adquiriu a britânica The Body Shop, e em 2019, a americana Avon.

Sobe e desce: as ações têm passado por uma montanha-russa em reação às notícias envolvendo uma reestruturação das unidades do conglomerado. Foram citadas a separação da Aesop e venda da The Body Shop.

  • No mês passado, a Natura havia negado as movimentações, o que fez suas ações despencaram 10% em apenas um dia.

China e Xi adiam divulgação de PIB

Em uma decisão bem incomum, a China adiou a divulgação de diversos indicadores econômicos previstos para esta semana, incluindo os dados do PIB do terceiro trimestre, que seriam anunciados na terça (18).

A notícia vem durante o congresso de uma semana do Partido Comunista, que deve garantir um um terceiro mandato ao líder chinês Xi Jinping.



Em números: a expectativa de analistas ouvidos pela Reuters é de que o PIB chinês cresceu 3,4% no terceiro trimestre na comparação anual.

  • Seria um avanço em relação à decepcionante alta de 0,4% registrada no trimestre anterior, bastante afetada pelas medidas anti-Covid do país –que ainda existem, mas estão mais relaxadas.

A aceleração prevista para a economia chinesa de julho a setembro também é resultado de políticas de incentivo do governo, que, entre outras medidas, tenta reaquecer o setor imobiliário no país, um dos principais do PIB.

Análise: o terceiro mandato de Xi Jinping à frente do gigante asiático deve ter mais obstáculos que os anteriores, escreve Rodrigo Zeidan, colunista da Folha, professor da New York University Shanghai e da Fundação Dom Cabral.


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