Dietrich Mateschitz, cofundador da empresa de bebidas energéticas Red Bull e proprietário da equipe de Fórmula 1 da mesma marca, morreu aos 78 anos.
O empresário austríaco transformou a bebida cafeinada em lata numa das marcas mais conhecidas do mundo, com o slogan "Red Bull te dá asas" e campanhas de marketing em torno de esportes radicais.
Mateschitz tinha um patrimônio líquido de aproximadamente US$ 20 bilhões (R$ 105 bilhões), segundo a Forbes. Ele e o empresário tailandês Chaleo Yoovidhya fundaram a Red Bull em 1984, venderam suas primeiras bebidas energéticas na Áustria três anos depois e se expandiram para os Estados Unidos em 1997. Yoovidhya morreu em 2012.
Mais de 9,8 bilhões de latas de Red Bull foram vendidas no mundo no ano passado, um aumento de cerca de 24% em relação ao ano anterior, segundo o site da empresa. As receitas do grupo aumentaram em porcentagem semelhante, para 7,8 bilhões de euros (R$ 40,25 bilhões). Empregava mais de 13.600 pessoas no final do ano passado.
Mateschitz teve a inspiração para a bebida energética durante suas viagens à Tailândia como diretor de marketing de uma fábrica de creme dental, hoje de propriedade da Procter & Gamble.
O bilionário da Red Bull também construiu um vasto império esportivo que variou de equipes de corrida de Fórmula 1 a clubes de futebol. Sua rede de times de futebol inclui o Red Bull Salzburg, com sede na Áustria, o RB Leipzig, da Alemanha, e o New York Red Bulls.
Mateschitz entrou nas corridas de Fórmula 1 na década de 1990, comprou a equipe Jaguar em 2004 e na temporada seguinte adotou o nome Red Bull. Com Sebastian Vettel ao volante, a Red Bull Racing venceu os dois campeonatos de F1 –para pilotos e construtores– em quatro anos consecutivos, de 2010 a 2013.
No entanto, a equipe teve dificuldades para se igualar à Mercedes e ao piloto britânico Lewis Hamilton, a combinação que dominou os campeonatos a partir de 2014.
No ano passado, o piloto Max Verstappen, da Red Bull, conquistou o título de campeão de Hamilton em circunstâncias controversas no final da temporada, em Abu Dhabi. O holandês já defendeu esse título e a Red Bull venceu o campeonato de construtores da Mercedes no GP dos EUA no domingo (30), em Austin.
A morte de Mateschitz foi noticiada no sábado (22), durante o fim de semana da corrida de F1.
"É muito triste. Que grande homem", disse Christian Horner, chefe da equipe Red Bull, à Sky Sports. "O que ele alcançou e o que ele fez por tantas pessoas em todo o mundo em diferentes esportes é inigualável."
O também austríaco Toto Wolff, chefe de equipe da Mercedes, descreveu Mateschitz como um dos maiores empresários do mundo.
"Ele criou um mercado que não existia com as bebidas energéticas, em Salzburgo, e fez uma das melhores marcas do mundo. Não há ninguém como ele."
Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves
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