XP x Febraban, resultados de big techs decepcionam e o que importa no mercado

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#EuNãoBanco x #EuBanco

Depois de a XP ter veiculado a campanha publicitária #EuNãoBanco para promover sua conta digital, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) reagiu e disse que a corretora "nega a si própria".

Entenda: nas propagandas, a XP afirma que não cobra tarifas e anuidades em sua conta digital e cartão de crédito e ainda cita outros benefícios para clientes.

  • "Chega de bancar tarifas para usar seu próprio dinheiro", diz a instituição em uma peça publicitária.

Contra-ataque: a entidade que representa os bancões reagiu.

  • "Essa instituição financeira é, sim, um banco, mas procura estabelecer alguma distância de seus pares. Ela pratica as mesmas atividades de um banco, preferindo fingir que vive em um universo paralelo. Parece ter vergonha daquilo que é", diz a nota assinada por Isaac Sidney, presidente da Febraban.
  • "Os novatos ficam protegidos em seus escritórios espelhados, no conforto de suas home offices, buscando o melhor dos mundos: o bônus e o não ônus da regulação bancária".

Fintechs x bancões: no ano passado, o duelo entre as novatas e os incumbentes esquentou e não faltaram trocas de farpas.

Neste ano, algumas normas do BC ampliaram exigências regulatórias para as fintechs –a Febraban reclamava de falta de isonomia nesse campo– :

  • Uma aumentou a exigência de capital para as grandes fintechs que funcionam como instituições de pagamento, aproximando da regulação que existe para os bancos.

Copa pirata

Como não poderia ser diferente diante do nível de animação dos brasileiros com a Copa do Mundo, a procura por artigos relacionados à seleção brasileira deve ser um dos destaques das vendas na Black Friday deste ano.

O aumento do interesse, porém, também fez disparar a oferta de produtos falsificados. Para o consumidor, vale redobrar os cuidados e o faro: se os preços estiverem muito baixos, é alto o risco de ser um artigo pirata.

Amarelinha: a camisa oficial do Brasil custa R$ 349 nos sites da Nike e de revendedores autorizados.

  • Nas principais plataformas de ecommerce, porém, o consumidor pode encontrar dezenas de anúncios oferecendo a peça por menos da metade desse valor.

As grandes empresas que atuam no ecommerce brasileiro aderiram a um guia de boas práticas, que prevê a obrigatoriedade de cadastro com CPF ou CNPJ e a busca ativa de anúncios ilegais, piratas ou não homologados.

Veja o que cada uma faz para barrar a pirataria:

  • Mercado Livre: mantém um canal direto com 6.700 marcas e donos de propriedade intelectual para o recebimento de denúncias de pirataria ou falsificação.
  • Magazine Luiza: cerca de 300 marcas mantêm canal direto para denúncias e elas também podem informar quais CNPJs estão autorizados a vender seus produtos.
  • Via (Casas Bahia e Ponto): ações preventivas e repressivas para confirmar a legalidade dos produtos anunciados.
  • Shopee: usuários e marcas podem fazer denúncias no site.

Sim, mas… Para a Ápice (da indústria e comércio esportivo), que representa marcas como Adidas, Nike, Asics e Puma, os esforços da Shopee não são suficientes.

  • Um levantamento feito pela entidade identificou 17,706 mil vendedores com produtos falsificados na plataforma, estimados em R$ 650 milhões.

A empresa rejeita a imputação de que seja benevolente com pirataria. A Shopee diz que exige dos vendedores o cumprimento de regras, entre elas a proibição de anúncios que violem a propriedade intelectual de terceiros.


Resultados de big techs não agradam

Os resultados do terceiro trimestre de três gigantes americanas da tecnologia divulgados nesta terça foram mal recebidos pelo mercado, cuja reação apareceu nas negociações das ações no pós-pregão.

O que explica: os sinais da desaceleração global diante da alta de juros apareceram com força nos negócios.

As receitas de publicidade de Google e Spotify vieram abaixo das expectativas do mercado, enquanto o segmento de computação em nuvem da Microsoft também decepcionou em um cenário de dólar fortalecido, que acabou prejudicando os balanços de todas elas.

  • A Alphabet, dona do Google, teve resultados decepcionantes nas vendas de anúncios no YouTube e em sua página de buscas, as duas áreas mais relevantes da companhia. Suas ações caíram 6,7% no pós-mercado.
  • A Microsoft até teve receita acima do esperado, mas registrou queda nos negócios do Windows. O Azure, segmento de computação em nuvem, cresceu 35%, mas a alta esperada era maior, e os papéis da companhia recuaram 6,8% no pós-pregão.

No Brasil, a Bolsa manteve a toada negativa depois do tombo de segunda (24) e fechou em queda de 1,20%, negociada aos 114.625 pontos, mais uma vez na contramão do mercado internacional. O dólar subiu 0,41%, a R$ 5,32.

  • Analistas que acompanham a Petrobras disseram que a estatal deverá ter resultado sólido e dividendos acima de US$ 6 bilhões (R$ 31 bilhões) no terceiro trimestre, apesar do recuo do preço do petróleo e de um acúmulo de estoques pela empresa.

Carl's Jr. quer voltar ao Brasil

Depois de ter encerrado suas operações no Brasil em 2018, a rede americana de fast food Carl's Jr. busca um investidor para voltar ao país e enfrentar os gigantes McDonald's e Burger King.

Relembre: a rede fundada em 1941 chegou ao país em 2012 por meio da IMC, das marcas de restaurantes Frango Assado, KFC e Pizza Hut.

  • Um executivo da companhia disse à Reuters que um dos motivos para não ter dado certo nos seis anos que ficou aqui foi a localização de suas lojas.

Agora, a rede quer voltar ao Brasil depois de retornos positivos em suas operações em outros países da América Latina, onde opera 387 lojas em oito países.

  • Sua estratégia para conquistar mercado é se estabelecer em uma categoria de preço acima de McDonald's e Burger King, mas abaixo das hamburguerias gourmet.

Em números: o plano da Carl's Jr. é abrir cem lojas em cinco anos, começando por São Paulo e cidades próximas, como Campinas, com um investimento girando em torno de US$ 50 milhões a US$ 75 milhões.

Vieram e saíram: além da Carl's Jr., outras tradicionais redes americanas de fast food aterrissaram no Brasil e fecharam suas operações. É o caso da Wendy's (2016-2019) e da Hooters (2002-2019).


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