O Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal aprovou nesta terça-feira (23) o nome de seis novos vice-presidentes do banco, indicados por partidos políticos. A divisão de cargos foi negociada entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Um sétimo nome, da vice-presidência Pessoas, está em fase de aprovação e será ratificado numa sessão extraordinária do colegiado. A tendência é que ele seja confirmado porque passou pela Casa Civil, que atestou o cumprimento dos requisitos para a vaga. Enquanto isso, a vice-presidência será ocupada interinamente por um diretor da Caixa.
A articulação para o loteamento do banco teve como objetivo melhorar a relação entre Executivo e Congresso.
Coube ao presidente da Câmara indicar o chefe do banco, Carlos Vieira, e definir a partilha das vice-presidências. Segundo integrantes do Palácio do Planalto, as sete vice-presidências analisadas nesta terça vão atender as indicações de PP, PL, Republicanos e PDT.
No total, a Caixa tem 12 vice-presidências. As trocas na diretoria foram informada pelo banco em comunicado ao mercado nesta quarta-feira (24). A instituição também criou uma nova vice-presidência, de Sustentabilidade e Digital.
De acordo com articuladores do governo, três vice-presidências ficarão na cota do PP: Pedro Emírio de Almeida Freitas Filho na vice-presidência Agente Operador; Marcelo Campos Prata na vice-presidência de Logística, Operações e Segurança; e Tarso Duarte de Tassis na vice-presidência de Atacado.
Já Laércio Roberto Lemos de Souza foi indicado para a vice-presidência de Tecnologia e Digital na cota tanto do PP como do Republicanos.
Ao PL está atribuída a indicação de Paulo Rodrigo de Lemos Lopes, aprovado para a vice-presidência de Sustentabilidade e Digital. O nome dele foi apontado inicialmente para a vice de Negócios de Varejo, que deixou de existir e acabou desmembrada em outras áreas.
Para a vice-presidência de Rede de Varejo, por sua vez, foi indicado Adriano Assis Matias, nome considerado uma indicação pessoal do presidente da Caixa.
Segundo integrantes do Planalto, o PDT também indicou o nome de Francisco Egídio Pelúcio Martins para a vice-presidência de Pessoas, que será analisado pelo conselho em sessão extraordinária. Enquanto ele não é aprovado, caberá a Daniel de Castro Borges, que é diretor Executivo Pessoas, comandar interinamente a vice-presidência Pessoas.
A Caixa ainda informou no comunicado a destituição de Adriana Nascimento Moreira da Silva Salgueiro da vice-presidência Tecnologia e Digital, de Lucíola Aor Vasconcelos da vice-presidência Agente Operador, de Mônica dos Santos Monteiro da vice-presidência Logística, Operações e Segurança e de Sérgio Eduardo Arbulu Mendonça da vice-presidência Pessoas.
Ao contrário do que gostaria, o centrão não deve levar dois cargos que eram considerados estratégicos: a vice-presidência de Governo, ocupada por Marcelo Bomfim, professor de direito apadrinhado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e a vice-presidência de Habitação Social, que coordena os pagamentos do Minha Casa, Minha Vida, é ocupada por Inês Magalhães.
Lira resolveu partilhar as vice-presidências como meio de contemplar seu grupo político na Câmara, que soma cerca de 200 deputados.
As tratativas para que ele indicasse o comando do banco foram feitas ainda no meio do ano passado, quando Lula negociou sua primeira reforma ministerial.
Em setembro do ano passado, Lula demitiu a ex-atleta Ana Moser do Ministério do Esporte para dar lugar ao então líder do PP na Câmara, deputado André Fufuca (MA). Já o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), entrou no Ministério de Portos e Aeroportos.
Já o ministro Márcio França (PSB), que perdeu seu posto para o indicado do Republicanos, assumiu o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
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