Prometeu poupar mais em 2024? A Folha te ajuda

Calculadora permite simular quando será possível obter a independência financeira

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São Paulo

Um erro comum que costumamos cometer é prometer criar um novo hábito no ano novo e esquecer da promessa antes do Carnaval. Se a meta é economizar dinheiro em 2024 para conquistar a casa própria, a viagem dos sonhos ou uma aposentadoria tranquila, a Folha criou uma calculadora para permitir que você descubra quanto precisa poupar mensalmente para obter a renda extra desejada no futuro.

Pote de vidro com várias moedas
Planejamento ajuda a conquistar independência financeira - Unsplash

Nesse simulador de independência financeira também é possível fazer uma outra conta: partindo de uma quantia que você já sabe que consegue poupar todo mês, que renda extra você poderia obter no futuro.

Mesmo que o valor poupado seja baixo, ao longo do tempo o investimento vai fazer a diferença, já que os juros sobre juros irão ajudar a impulsionar seu patrimônio com o passar dos anos.

Se o plano é ter autonomia financeira ao se aposentar, é preciso tomar algumas decisões. Veja, abaixo da calculadora, o que pode ser ponderado em relação a cinco variáveis que afetam sua aposentadoria.

1. QUANTO VOCÊ ESPERA RECEBER QUANDO PARAR DE TRABALHAR?

Essa decisão afeta a conta porque, quanto maior a renda desejada, maior é o patrimônio que é preciso juntar para garantir esses pagamentos mensais.

Ao refletir sobre esse valor, leve em conta que essa será possivelmente uma renda extra, que vai se somar, por exemplo, à aposentadoria do INSS, a um plano de previdência da empresa em que você trabalha, a uma eventual renda de aluguel ou até mesmo a pagamentos por trabalhos que você pretenda continuar fazendo mesmo depois de aposentado.

Antes de falar de sua poupança privada, vale abrir um parênteses sobre a importância da Previdência Social: quem contribui com o INSS terá, a partir do momento em que atingir os requisitos mínimos, uma renda mensal paga até o final da vida —e aqui está o seu diferencial. Na aposentadoria pública, não há risco de que os recursos acabem antes do tempo: o pagamento será por tempo indefinido.

2. VOCÊ QUER VIVER APENAS DOS JUROS OU TAMBÉM DO QUE ACUMULOU?

Essa decisão afeta não apenas o montante que é preciso acumular como também a duração dos pagamentos.

Quem opta por viver apenas dos juros terá que acumular mais, mas terá uma renda garantida até o final da vida, uma vez que estará consumindo apenas o rendimento de suas aplicações sem reduzir o total poupado.

Já quem escolhe usar também parcelas do dinheiro poupado precisará acumular uma quantia menor e, portanto, investir menos no presente. Essa pode ser a escolha que alguém sem filhos ou outros dependentes, por exemplo, que não precisaria se preocupar em deixar recursos para seus herdeiros.

3. QUANTOS ANOS VOCÊ ESPERA VIVER APÓS A APOSENTADORIA?

Essa é uma decisão que atinge apenas quem pretende consumir também parcelas do dinheiro poupado. Quem prefere viver apenas dos juros não terá que se preocupar com isso, embora precise juntar uma quantia significativamente maior, como vimos no tópico anterior.

A regra aqui é que quanto mais anos você passar aposentado, maior é o patrimônio que precisa ter juntado para garantir sua renda desejada.

Não se esqueça de que, quanto mais idosos ficamos, maiores podem ser os custos com itens como saúde, e não vale correr o risco de ver nossos recursos acabarem antes da hora.

4. QUANDO VOCÊ PRETENDE ATINGIR A LIBERDADE FINANCEIRA E SE APOSENTAR?

Esta variável vai indicar o número de anos durante os quais você acumulará sua poupança para a aposentadoria e, por consequência, qual o valor que será preciso investir todo mês.

Quanto mais tempo você contribuir, menor a quantia mensal que precisará poupar para obter um mesmo patrimônio.

5. QUANTO VOCÊ IMAGINA QUE SEUS INVESTIMENTOS VÃO RENDER?

Quando se calculam investimentos, é preciso sempre considerar qual será o rendimento líquido, ou seja, descontando tanto impostos cobrados desse rendimento quando a desvalorização decorrente da inflação.

Esse valor depende do produto escolhido para investir seus recursos: uma aplicação de renda fixa, por exemplo, como um título do Tesouro Direto, poderá garantir a remuneração de 4% ao ano acima da inflação, descontados os impostos. Já um investimento de renda variável, como ações, pode resultar em uma remuneração de 20% ao ano em determinado período, se os papeis escolhidos tiverem bom desempenho, mas podem também até se desvalorizar, se as condições não tiverem sido favoráveis.

Especialistas costumam recomendar que os investidores não coloquem todos os ovos na mesma cesta, ou seja, distribuam sua poupança em diferentes produtos —e cada um deles tem um nível de risco e uma expectativa diferente de rendimento. Por isso, na hora de ponderar essa variável, é preciso pensar em uma taxa média e ter em mente que ela é a informação mais difícil de prever no presente (porque as taxas de juros —e os rendimentos de aplicações financeiras— podem variar muito num horizonte de tempo tão longo quanto o envolvido na aposentadoria).

Na prática, quanto maior o rendimento esperado, mais rapidamente se chega ao montante desejado (ou menor é a necessidade de poupança mensal para se chegar a esse montante). Além disso, quanto maior o rendimento esperado, maior será a renda futura que se poderá conquistar no momento da aposentadoria.

Por outro lado, como essa é uma variável bastante imprevisível, é recomendável ser conservador e escolher uma taxa mais baixa, como 2% ou 3% ao ano (já descontados a inflação e os impostos). Isso porque é melhor se surpreender com rendimentos maiores que o esperado —e gozar que uma aposentadoria mais generosa— que perceber, ao parar de trabalhar, que suas expectativas foram otimistas demais e suas aplicações não renderam tanto quanto o necessário para garantir a renda desejada.

O jornal também detalhou estratégias para atingir a independência financeira voltadas para faixas etárias específicas.

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