A União Europeia aprovou formalmente nesta segunda-feira (19) o início da sua missão naval para proteger os navios mercantes no Mar Vermelho dos ataques dos rebeldes iemenitas, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
"A Europa garantirá a liberdade de navegação no Mar Vermelho, agindo em conjunto com os nossos aliados internacionais", afirmou Von der Leyen em uma mensagem publicada na rede social X, antigo Twitter.
Os rebeldes houthis, que controlam grande parte do Iêmen, lançaram uma série de ataques em uma rota vital para o transporte marítimo global desde novembro.
Esta milícia iemenita, movimento relacionado com o Irã, afirma agir em solidariedade com os palestinos de Gaza, território governado pelo Hamas e devastado pelo conflito entre Israel e o movimento islamista desde 7 de outubro.
Um funcionário da UE afirmou na sexta-feira (16) que a intenção do bloco é que a missão —chamada Aspides, que significa "escudo" em grego— esteja operacional em "algumas semanas" com o envio de pelo menos quatro navios.
Até agora, França, Alemanha, Itália e Bélgica afirmaram que vão contribuir com navios. De acordo com o funcionário, o comandante-geral da missão será grego e o principal oficial de controle operacional no mar será italiano.
A UE afirma que o mandato da missão, inicialmente estimado para durar um ano, se limita à proteção da navegação civil no Mar Vermelho e que nenhum ataque será realizado "em solo iemenita".
Os Estados Unidos, que lideram outra coalizão naval no Mar Vermelho ao lado do Reino Unido, lançaram ataques contra os houthis no Iêmen.
Outro funcionário da UE disse que haverá "contato contínuo" para coordenar ações com os Estados Unidos e outras forças na região.
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