Descrição de chapéu petrobras Congresso Nacional

Comissão do Senado aprova pedido de auditoria em dividendos da Petrobras

TCU deverá analisar critérios utilizados pela Petrobras na decisão de março, além de conformidade com as normas

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Brasília

A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle do Senado aprovou nesta quarta-feira (10) um pedido para que o TCU (Tribunal de Contas da União) audite a política de pagamento de dividendos extraordinários aos acionistas da Petrobras.

O pedido de auditoria foi apresentado pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), líder da minoria no Senado e ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL). A aprovação se deu em menos de um minuto, sem resistências.

Logotipo da Petrobras na sede da companhia, no centro do Rio de Janeiro - Reuters

"A medida adotada pela empresa, majoritariamente controlada pelo governo federal, suscitou questionamentos sobre a interferência do Poder Executivo na gestão da empresa", afirma Ciro no pedido de auditoria.

O requerimento pede ao TCU a análise dos critérios e fundamentos utilizados pela Petrobras; da conformidade da decisão com políticas internas e normas regulatórias; dos impactos; e da transparência na divulgação das informações.

"Eu também quero saber como aconteceu tudo. Deu uma celeuma em cima, fizeram uma tempestade num copo d’água, nunca vi um negócio desse. E cai fulano, cai sicrano, não caiu ninguém", disse o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), que integra a base do governo.


O presidente da estatal, Jean Paul Prates, enfrentou um processo de fritura nos últimos dias e protagonizou novos embates com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Silveira decidiu fazer um afago público a Prates nesta terça (9) após conversa com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A avaliação no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é a de que Prates pode ter ganhado sobrevida no cargo, mas continua com sua permanência em risco.

Integrantes do Executivo lembram que o presidente da estatal se desgastou com Lula em diferentes ocasiões e afirmam que uma troca na empresa seria apenas questão de tempo.

Os dividendos extraordinários da Petrobras referentes a 2023 foram retidos a pedido do governo federal, com o intuito inicial de destiná-los a investimentos da companhia. Porém, segundo estatuto, eles não poderiam ser dispostos a esta finalidade, e podem ser, ao fim, distribuídos.

Segundo cálculos do governo, o pagamento dos dividendos pela Petrobras pode garantir um espaço fiscal adicional no Orçamento de cerca de R$ 50 bilhões de despesas até o final do governo.

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