Descrição de chapéu STF

Megainvestidor Bill Ackman diz que proibição do X pode afugentar investidores do Brasil

Minoritário na rede social e apoiador de Trump, bilionário compara medida com política chinesa

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São Paulo

O megainvestidor norte-americano Bill Ackman criticou a suspensão do X (ex-Twitter), do qual é investidor minoritário, e o congelamento das contas da Starlink no Brasil e disse que as medidas podem afastar investimentos do país.

"A suspensão ilegal do X e o congelamento das contas da Starlink colocam o Brasil em um rápido caminho de se tornar um mercado impossível de investir. A China fez atos similares que levaram a fuga de capitais e ao colapso de preços. O mesmo vai acontecer com o Brasil, a não ser que o país recue rapidamente desses atos ilegais", escreveu o bilionário em sua conta no X na noite de sábado (31).

Como a plataforma está bloqueada no Brasil, a publicação foi enviada por Fernanda Perrin, repórter da Folha em Washington, nos Estados Unidos.

Retrato de Ackman, homem de meia idade com cabelo grisalho
Bill Ackman, CEO da Pershing Square Capital, criticou a suspensão do X no Brasil - Mike Blake/REUTERS

A rede social de Elon Musk foi derrubada na última sexta (30), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) após a empresa não indicar um representante legal no país.

Apesar da suspensão da rede no Brasil, alguns usuários seguem acessando-a via VPN.

print do X
Bill Ackman critica medidas de Moraes contra empresas de Musk - Reprodução/X

A publicação de Ackman veio em resposta ao post de Musk sobre a criação da conta "Alexandre Files" para divulgar decisões sigilosas do ministro relacionadas ao bloqueio de conteúdos e perfis da plataforma.

Neste domingo (1º), a publicação de Ackman, que tem 1,4 milhão de seguidores no X, passou a circular entre brasileiros que discordam da decisão de Moraes em outras redes sociais.

Ackman é apoiador do candidato à presidência dos EUA Donald Trump e conhecido por opiniões polêmicas. No início do ano, ele impulsionou a fritura da ex-reitora da Universidade Harvard, Claudine Gay.

O bilionário foi aluno da instituição e é um dos seus maiores benfeitores. Descendente de judeus e casado com a israelense naturalizada americana Neri Oxman, o empresário ganhou projeção nacional após denunciar uma suposta tolerância da universidade em relação a discursos antissemitas durante a guerra entre Israel e Hamas.

Após a renúncia de Gay, Ackman foi elogiado por representantes da comunidade judaica e por Elon Musk.

Bacharel em artes e com pós-graduação em administração de empresas, Ackman ganhou prestígio no mercado financeiro ao fazer movimentações ousadas que incluíram apostas na desvalorização de grandes companhias. Ele acumulou uma fortuna estimada de US$ 2,5 bilhões (R$ 12,2 bilhões) a US$ 4 bilhões (R$ 19,6 bilhões), segundo veículos de imprensa americanos. Em 2004, criou a Pershing Square, empresa que administra US$ 18 bilhões (R$ 88,4 bilhões) em ativos.

Colaborou Fernanda Perrin.

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