Ronny Jackson, médico do presidente americano, Donald Trump, pediu para ser retirada a sua indicação para comandar o Departamento de Assuntos dos Veteranos, após surgirem uma série de alegações feitas por colegas de que ele foi negligente com remédios e de que ingeriu álcool durante o trabalho.

A decisão de Jackson é mais um caso de desistência envolvendo indicações feitas pela administração Trump para postos-chave. Para críticos do republicano, isso é um sinal de que o governo não está tomando o devido cuidado na análise dos nomes.

Nesta quinta-feira (26), o governo conseguiu a aprovação no Senado do nome de Mike Pompeo para ser o novo secretário de Estado. O posto ficou vago por pouco mais de um mês, depois da demissão de Rex Tillerson.

Em nota, o médico da Casa Branca negou todas as acusações, que incluem a distribuição inapropriada de remédios controlados para colegas e de ficar bêbado em viagens oficiais ao exterior.

Em nota, Jackson negou todas as acusações, que incluem a distribuição inapropriada para colegas de remédios controlados e de ficar bêbado em viagens oficiais ao exterior.

Segundo ele, as acusações são “completamente falsas e fabricadas” e, se fizessem sentido, não teria sido escolhido para ser o médico de três presidentes (Trump, Barack Obama e George W. Bush) nos últimos 12 anos.

Nesta quinta-feira (26), Trump demonstrou revolta com a polêmica em uma entrevista por telefone ao canal Fox News, culpando democratas que compilaram uma lista de queixas feitas por autoridades médicas militares que trabalharam com Jackson.

“Ele teria feito um ótimo trabalho”, disse Trump sobre Jackson. “As acusações são todas falsas. Estão tentando destruir um homem.”

O Departamento de Assuntos dos Veteranos é o segundo maior do governo americano.

Durante sua campanha, Trump prometeu uma devassa no órgão, que supervisiona os cuidados de saúde e os benefícios de cerca de 20 milhões de veteranos militares, um eleitorado com influência política considerável.

A agência vem sendo criticada há tempos pela qualidade de seu atendimento e pela burocracia enfrentada pelos veteranos. 

Em março Trump demitiu seu primeiro secretário, David Shulkin, devido a dúvidas a respeito de despesas de viagem sem autorização.