Um tribunal venezuelano decidiu nesta quarta (16) enviar para a prisão 12 agentes do serviço de inteligência (Sebin) envolvidos na detenção temporária de Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, no domingo (13), segundo a agência AFP.
A ordem de prisão preventiva foi dada pelo Sexto Tribunal de Caracas, após uma audiência no qual os funcionários foram acusados de "abuso de poder, privação ilegítima de liberdade e associação criminosa".
Os investigados permanecerão na sede da Direção de Contra inteligência Militar, em Caracas, segundo um comunicado do TSJ (Tribunal Supremo de Justiça).
A prisão ocorreu no último domingo, quando vários homens encapuzados com longas armas interceptaram a caminhonete na qual Guaidó viajava, nos arredores da Capital.
O líder do Legislativo estava indo para a cidade de Caraballeda (norte) para liderar um comício em favor de um "governo de transição" para substituir o do ditador Nicolas Maduro, cujo segundo mandato, iniciado em 10 de janeiro, não foi reconhecido pela oposição e por grande parte da comunidade internacional, incluindo o Brasil.
Guaidó foi liberado uma hora depois e acusou o governo por sua detenção. Maduro, no entanto, chamou o incidente de "show midiático" e o atribuiu a uma conspiração entre opositores e agentes corruptos.
Na sexta (11), Guaidó se declarou "presidente interino" da Venezuela e propôs a criação de um governo de transição para substituir Maduro, com base em uma interpretação da Constituição do país. A proposta foi aprovada pela Assembleia Nacional na terça (15) e recebeu apoio do Brasil, dos Estados Unidos e da OEA (Organização dos Estados Americanos). Porém, a instituição não tem força política para impor a decisão ao ditador.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.