O governo do Equador afirmou nesta sexta-feira (12) que mantém detido um programador ligado ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, preso em Londres na quinta.
A ministra do Interior, Maria Paula Romo, afirmou que Ola Bini pode ser indiciado por acusações relacionadas à interferência em comunicações privadas.
Bini vive em Quito e, segundo Romo, visitou Assange diversas vezes na embaixada equatoriana em Londres, onde Assange viveu nos últimos sete anos.
Nas últimas semanas, o presidente Lenín Moreno acusou o WikiLeaks e Assange de violação de sua privacidade pela publicação de fotos de sua família. O WikiLeaks nega a acusação e diz que Moreno tentava impedir a revelação de documentos com acusações de corrupção contra ele.
"Ele está detido para fins de investigação. É uma detenção que aconteceu nas últimas horas, ordenada por juízes e requisitada por procuradores", afirmou Romo. "Essa pessoa é muito próxima ao WikiLeaks."
Em seu site, Bini se descreve como um desenvolvedor de softwares que trabalha para o Centro de Autonomia Digital, baseado em Quito. Não há menção ao WikiLeaks.
Romo disse que o governo tinha informações de que Bini teria viajado várias vezes com Ricardo Patino, ministro das Relações Exteriores do Equador do governo de Rafael Correa, que concedeu asilo a Assange, em 2012.
Em sua conta no Twitter, Patino negou conhecer Bini. A ministra também afirmou que dois cidadãos russos também estão sendo investigados, mas não foram detidos.
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