Descrição de chapéu Governo Trump

Trump ataca Irã, China, Venezuela, ONGs, imigração e socialismo em discurso na ONU

Presidente dos EUA destacou nível de emprego dos EUA e defendeu direitos LGBT

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São Paulo

O presidente Donald Trump fez uma defesa do patriotismo e do direito de cada país lutar pelos próprios interesses ao fazer seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta terça-feira (24).

Ele também fez críticas ao Irã, à China e a ONGs que defendem migrantes. 

"O futuro não será dos globalistas. Será dos patriotas", disse. "Se você quer liberdade, tenha orgulho de seu país. Se quer democracia, defenda sua soberania. Se quer paz, ame sua nação."

O presidente Donald Trump discursa na ONU - Don Emmert/AFP

Trump disse ainda que a ida de estrangeiros sem documentação "mina a prosperidade do país" e acusou as ONGs que ajudam migrantes: "Suas políticas são cruéis e más, e ajudam a minar os direitos humanos". 

Ele prometeu combater as redes de tráfico internacional, e se dirigiu às pessoas que querem imigrar de forma ilegal. "Não pague coiotes. Não se coloque em perigo. Se você chegar até aqui, será rapidamente enviado de volta para casa. Enquanto eu for presidente, vamos reforçar nossas fronteiras."

O presidente acusou outros países, especialmente a China, de se beneficiarem das regras do comércio global de modo a prejudicar a economia dos EUA e, especialmente, sua classe média. 

"A Organização Mundial do Comércio precisa de mudanças drásticas", disse.

"Durante anos, estes abusos [no comércio internacional] foram tolerados, ignorados, ou mesmo estimulados", denunciou Trump, questionando novamente a globalização.

Segundo ele, o globalismo levou os líderes mundiais a ignorarem seus próprios interesses nacionais. "Mas, no que diz respeito aos Estados Unidos, esses dias acabaram", frisou.

Trump destacou os baixos números de desemprego e a queda da pobreza nos EUA durante seu governo,  e que negros e hispânicos também se beneficiaram. 

Ainda ao falar da China, citou a situação em Hong Kong, onde manifestantes protestam contra medidas do governo central, em Pequim.

"A forma como a China lidará com essa situação dirá muito sobre seu papel no mundo no futuro."


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Houve ainda ataques ao Irã, chamado de país sanguinário e principal financiador do terrorismo. "Todas as nações têm o dever de agir. Nenhum governo responsável deveria subsidiar o desejo de sangue do Irã."

A Venezuela também foi citada. O ditador Nicolás Maduro foi chamado de "marionete cubana, protegido por seguranças cubanos". 

O presidente americano atacou o socialismo e disse que esse modelo jamais terá espaço nos EUA.  

"A Venezuela nos lembra que o socialismo e o comunismo não tratam de justiça, não versam sobre igualdade nem sobre a ajuda aos pobres (...) O socialismo e o comunismo tratam de uma única coisa: do poder da classe dirigente", completou.

Apesar dos ataques a vários países, Trump disse que os EUA, apesar de terem a maior força militar do mundo, preferem que seja melhor não utilizá-la, e que "busca parceiros, não adversários". 

Ao final do discurso, defendeu os direitos LGBT e disse que os EUA trabalham para que outros países descriminalizem a homossexualidade. Ele também defendeu a igualdade de pagamento entre homens e mulheres e a liberdade religiosa. 

Trump não citou o Brasil em seu discurso. Ele falou logo após a participação do presidente Jair Bolsonaro.

O líder brasileiro também fez críticas a ONGs e ao socialismo em sua participação. 

Ameaça de impeachment

No plano doméstico, Trump enfrenta a ameaça de processo de impeachment. Em uma conversa por telefone, ele teria pressionado o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, a investigar o filho de Joe Biden, um dos principais pré-candidatos democratas à eleição presidencial de 2020.

Trump é acusado de usar o cargo para buscar ajuda estrangeira para sua própria reeleição, e de tentar encobrir a investigação do caso.​

 
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