O principal pré-candidato do Partido Democrata, Joe Biden, pediu o impeachment do presidente Donald Trump pela primeira vez nesta quarta-feira (9).
Durante um evento de campanha, Biden afirmou que o mandatário havia "traído a nação".
"Para preservar a nossa Constituição, nossa democracia e nossa integridade, ele deve ser impichado", disse a uma plateia de apoiadores em New Hampshire.
Na terça-feira (8), a Casa Branca emitiu um comunicado no qual declarou que não iria atender aos pedidos e intimações da Câmara dos Deputados, que atualmente conduz um inquérito sobre as ações do presidente envolvendo a Ucrânia.
"Ao obstruir a Justiça, recusando-se a atender a pedidos do inquérito do Congresso, ele condenou a si mesmo", afirmou o democrata.
O Departamento de Estado já havia se recusado a fornecer documentos aos deputados e barrado funcionários de depor perante os comitês da Câmara.
A investigação do impeachment tem como foco alegações feitas por um informante anônimo de que Trump reteve uma ajuda militar de quase US$ 400 milhões (R$ 1,6 bilhão) para pressionar o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, a investigar Joe Biden e seu filho Hunter, que fazia parte do conselho de uma empresa de gás ucraniana.
O gesto foi visto pelos democratas, que são maioria na Câmara, como um pedido de interferência na eleição americana de 2020 —Trump teria usado a Presidência para prejudicar seu principal rival político.
Até o momento, Biden vinha evitando apoiar abertamente o impeachment. No final de semana, ele publicou um artigo na imprensa americana afirmando que "deixaria o Congresso fazer o trabalho dele", sem se posicionar sobre o processo.
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