Os Estados Unidos fecharam, nesta terça (11), um acordo de US$ 1,5 bilhão (R$ 8,3 bilhões) com a farmacêutica americana Moderna Inc. para adquirir 100 milhões de doses de uma potencial vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela companhia. O governo americano também terá a opção de comprar até 400 milhões de outras doses.
O país já havia investido cerca de US$ 1 bilhão (R$ 5,4 bilhões) na Moderna para seus esforços de pesquisa. A vacina da farmacêutica é uma das poucas que já avançaram à fase final de testes —que deve ser concluída em setembro.
O acordo é o quinto do tipo assinado pelo governo de Donald Trump nas últimas semanas para garantir acesso à produção das farmacêuticas —antes, o país tinha assumido compromissos com Johnson & Johnson, AstraZeneca, Pfizer e Sanofi/GlaxoSmithKline.
Com exceção do acordo com a AstraZeneca, que ofereceu um preço reduzido em troca de adiantamentos para cobrir custos de pesquisa e desenvolvimento, os valores de todas as imunizações variam de US$ 20 (R$ 108,50) a US$ 42 (R$ 228).
Os compromissos são parte da Operação Warp Speed, que tem como meta conseguir uma vacina disponível nos EUA até janeiro de 2021.
Caso as companhias recebam aprovação das agências reguladoras, a operação pode garantir aos americanos mais de 500 milhões de doses de vacinas.
Outros países como Japão, Reino Unido e Canadá assinaram acordos similares com farmacêuticas.
Os EUA seguem sendo o país com maior número de casos e mortes pelo novo coronavírus no mundo. Até esta terça foram mais de 5 milhões de casos confirmados e 164.528 mortes, de acordo com levantamento da Universidade Johns Hopkins.
O novo acordo dos EUA veio no dia em que a Rússia anunciou ter concedido a primeira aprovação regulatória do mundo para uma vacina contra a Covid-19.
A segurança do produto e a veracidade dos dados russos foram colocadas em xeque após declaração do governo de que pretende vacinar a população já em outubro.
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