Descrição de chapéu Governo Biden guerra comercial

Secretário de Estado dos EUA pressiona China sobre uigures e Hong Kong em 1ª conversa oficial

Governo Biden deve manter postura dura contra o país asiático que marcou gestão de Trump

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Washington | AFP

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pressionou a China sobre o tratamento dado aos uigures, ao Tibete e a Hong Kong na primeira conversa entre altos funcionários dos dois países desde a posse do presidente Joe Biden.

“Deixei claro que os Estados Unidos continuarão a defender valores democráticos e a responsabilizar Pequim por seus abusos do sistema internacional”, escreveu Blinken em uma rede social, sobre a conversa que teve com Yang Jiechi, diretor da Comissão de Assuntos Exteriores da China, na noite desta sexta (5).

homem branco de cabelos grisalhos veste terno preto e gravata azul marinho. ele fala ao microfone; ao fundo e desfocado, o presidente joe biden assiste ao discurso
O secretário de Estado Antony Blinken em pronunciamento ao lado do presidente Joe Biden em Washington - Saul Loeb - 04.fev.2021/AFP

Blinken afirmou que o governo Biden continuará a “defender os direitos humanos e os valores democráticos em Xinjiang, Tibete e Hong Kong”, e pressionou a China a condenar o golpe militar em Mianmar.

O chefe da diplomacia americana também ressaltou que Washington responsabilizará Pequim por qualquer “tentativa de ameaçar a estabilidade na região do Indo-Pacífico, incluindo o estreito de Taiwan”.

Yang Jiechi disse na conversa que Hong Kong, a província de Xinjiang (onde vivem os uigures) e o Tibete são temas internos chineses e que “nenhuma força estrangeira pode interferir neles”. E pediu a Washington que corrija os erros dos últimos anos, segundo a embaixada da China nos Estados Unidos.

Yang também destacou a importância de que o governo americano respeite o princípio de “uma só China”, com base no qual Pequim considera Taiwan uma de sua províncias, e que a questão da ilha “é o problema central nas relações entre China e Estados Unidos”.

A China ameaça invadir Taiwan caso seus líderes façam uma declaração formal de independência e tem reforçado a repressão a opositores em Hong Kong.

Blinken já havia afirmado em sua audiência de confirmação no Congresso que continuaria com a dura política do ex-presidente Donald Trump em relação à China, um dos raros pontos de concordância entre o governo republicano anterior e a atual gestão.

Ele também observou que concorda com a afirmação de seus antecessores no Departamento de Estado de que Pequim está cometendo um genocídio na região ocidental de Xinjiang contra a minoria muçulmana uigur.

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