Duas pessoas morreram e outras sete ficaram feridas em um ataque a faca em um trem na Alemanha nesta quarta-feira (25). O suspeito de ser o autor do crime, que está sob custódia dos agentes de segurança, é um homem de 33 anos de origem palestina.
O incidente ocorreu por volta das 15h do horário local (11h no horário de Brasília), quando o trem que ia de Hamburgo a Kiel se aproximava da estação ferroviária de Brokstedt, cidadezinha com cerca de 2.000 habitantes. O suspeito foi detido pela polícia assim que o veículo chegou à estação e foi encaminhado a um hospital por ter ferimentos leves.
As autoridades declararam que as motivações do suspeito ainda não estão claras. Citando fontes das forças de segurança, a emissora NDR afirmou, no entanto, que não há evidências de que o crime tenha tido motivação política —o suspeito, que chegou da Faixa de Gaza oito anos atrás, tinha histórico criminal.
A ministra do Interior da Alemanha, Sabine Suettelin-Waack, afirmou que as polícias estadual e federal trabalham em conjunto na apuração do caso. Responsável pela administração dos trens, a empresa Deutsche Bahn tinha interrompido a rota entre Hamburgo e Kiel, mas já voltou a operá-la.
A Alemanha está em alerta para ameaças terroristas desde que um atentado reivindicado pelo Estado Islâmico (EI) matou 12 pessoas em Berlim, em dezembro de 2016, o mais mortal cometido no país. Mais recentemente, a atenção se voltou também para a ação de extremistas.
No começo do mês, a polícia prendeu em Castrop-Rauxel um cidadão iraniano de 32 anos, suspeito de planejar um ataque usando cianeto e ricina. Segundo as autoridades, ele tinha a intenção de cometer um "ato de violência grave, que ameaçaria a segurança do Estado", com inspiração religiosa.
Semanas antes, o país conseguiu desbaratar uma operação de conspiração de extrema direita que pretendia dar um golpe de Estado —ao menos 25 pessoas foram presas, em um caso envolvendo mais de 50 suspeitos. O episódio expôs a ascensão do extremismo e as preocupações do Estado com esse movimento, décadas após o fim do nazismo.
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