O Departamento de Defesa dos EUA divulgou na última quarta-feira (22) uma selfie tirada por um piloto americano com o balão chinês que Washington afirma ser um objeto para espionagem.
O registro foi realizado um dia antes de o artefato ser derrubado, de dentro da cabine do avião de reconhecimento U-2. O veículo, projetado para voar acima de 21 mil metros de altitude e espionar territórios inimigos, é conhecido por ser uma das aeronaves mais difíceis de serem pilotadas.
Antes da divulgação, a selfie já havia recebido status de lenda no Norad, sigla em inglês para Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte, e no Pentágono, de acordo com a CNN americana. A emissora confirmou com militares que o piloto tirou uma foto dele mesmo com o balão ao fundo.
A imagem mostra o objeto sobrevoando os EUA em 3 de fevereiro, uma semana após entrar no espaço aéreo americano pelo Alasca. É possível ainda ver os painéis solares do item e o capacete do condutor.
No dia seguinte, um caça F-22 derrubou o balão sobre o oceano Atlântico, perto do litoral da Carolina do Sul. O Pentágono classificou a entrada do item como uma violação de soberania e sustenta que o objeto fazia parte de uma frota enviada pela China a mais de 40 nações para recolher informações confidenciais. Já Pequim afirma que o artefato, em tese destinado a pesquisa meteorológica, desviou da sua rota.
Após o balão ser abatido, o Norad disse ter ajustado seu programa de radares para torná-lo mais sensível, o que fez o número de detecções saltar. Em três dias, três objetos foram localizados e derrubados.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.