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'Estou de volta!', publica Donald Trump no Facebook e YouTube após banimento de dois anos

Postagem reafirma clima de pré-campanha do ex-presidente, que segue sob investigação criminal

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Belo Horizonte

"Estou de volta!" Essa foi a primeira postagem publicada por Donald Trump no Facebook e no YouTube, após mais de dois anos de ter sido banido das plataformas por seu envolvimento na invasão do Capitólio, em janeiro de 2021.

As mensagens foram postadas no fim de tarde desta sexta-feira (17) e acumulam juntas, até o momento de publicação deste texto, cerca de 85 mil visualizações.

O ex-presidente dos EUA Donald Trump durante discurso a apoiadores em Davenport, no estado de Iowa - Jonathan Ernst - 13.mar.23/Reuters

Junto ao texto, o republicano, que segue em disputa para se tornar presidenciável nas eleições americanas de 2024, postou um vídeo de 12 segundos em que aparece discursando após vencer o pleito de 2016.

"Desculpem-me por deixar vocês esperando. Questões complicadas", ele diz, no vídeo. Em seguida, aparece o famoso slogan "Make America Great Again" ("Torne a América Grande Novamente").

Era previsto que a conta deTrump fosse restabelecida. A decisão do Facebook previa que o ex-presidente ficaria banido da plataforma por pelo menos dois anos contados a partir de 7 de janeiro, um dia após o ataque ao Capitólio. Em comunicado recente, a Meta, empresa de Mark Zuckerberg, afirmou que restabeleceria as contas com "novas proteções para impedir reincidências". Detalhes de quais proteções seriam essas não foram divulgados.

A trajetória de Trump para se tornar o candidato republicano na eleição de 2024 é também caracterizada pelas polêmicas que pesam contra o empresário, acusado por inflar o movimento que resultou na invasão ao Capitólio e investigado por levar cerca de 300 documentos confidenciais do governo norte-americano para a sua residência pessoal, na Flórida.

Nesta sexta-feira (17), de acordo com a imprensa americana, a juíza distrital Beryl Howell intimou o advogado de Trump, Evan Corcoran, a prestar um depoimento adicional sobre o manuseio dos documentos secretos pelo ex-presidente.

Corcoran havia invocado o privilégio advogado-cliente em depoimento ao grande júri, em janeiro, recusando-se a responder às perguntas dos investigadores sobre suas comunicações com Trump. A agência de notícia Reuters tentou contato com o advogado, que não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

De acordo com relatórios, Howell concordou que havia motivos para abrir uma exceção de fraude criminal ao privilégio mencionado. Se essa for a base da decisão, é possível inferir que a juíza concluiu que o Departamento de Justiça dos EUA tem evidências de que as comunicações entre Trump e Corcoran foram usadas para promover ou encobrir um crime.

A decisão vem numa semana cheia para o ex-presidente. Na quarta-feira (15), um grupo de arrecadação de verbas aliado a Trump disse que denunciaria o governador da Flórida, Ron DeSantis, por infringir as leis estaduais ao realizar uma "campanha paralela" para presidente. DeSantis, ex-protegido de Trump, é agora o principal rival do ex-presidente na disputa pela nomeação do Partido Republicano.

Cópia de minuta da denúncia alega que DeSantis violou leis de ética ao aceitar presentes que poderiam ser considerados ilegais, já que ele ainda ocupa um cargo estadual e não declarou, oficialmente, uma candidatura à presidência. O comitê ainda destaca que o governador arrecadou dezenas de milhões de dólares com eventos e discursos pelo país.

"O governador DeSantis está aproveitando seu cargo eleito e violando seus deveres associados em um esforço coordenado para desenvolver seu perfil nacional, enriquecer a si mesmo e a seus aliados políticos e influenciar o eleitorado nacional", diz o rascunho da denúncia.

A Reuters contatou a comissão de ética, que afirmou ainda não ter recebido o documento.

Com Reuters

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