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Fernando Padula

A missão de servir 2,3 milhões de refeições por dia

Na merenda paulistana, alimentos substituídos mantêm o valor nutricional

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Fernando Padula

Secretário municipal de Educação de São Paulo

Todos os dias temos a missão de servir 2,3 milhões de refeições para mais de 1 milhão de estudantes matriculados na rede municipal de São Paulo. É como se tivéssemos de alimentar um estado inteiro com a população de Sergipe.

Além do volume grandioso, outro desafio importante é a dimensão da cidade de São Paulo. Uma logística gigantesca, executada por uma equipe com diversas expertises, é necessária para fazer com que os alimentos cheguem às mãos de 14 mil cozinheiras, que fazem o preparo das refeições dentro das escolas.

Na ausência do feijão, escola municipal oferece lentilha para os alunos
Na ausência do feijão, escola municipal de São Paulo oferece lentilha para os alunos - Divulgação - Divulgação

O processo se inicia com a compra dos itens da agricultura familiar, que aparece de forma prioritária na merenda escolar paulistana, passa pelo armazenamento, distribuição e preparo —até se transformar em saborosas e nutritivas refeições servidas nas unidades.

O cardápio é formulado e balanceado para atender necessidades nutricionais de bebês, crianças e jovens, mas nem por isso deixa de ser saboroso. Arroz, feijão, carnes, frutas, legumes, verduras integram a merenda escolar. Quando necessário, fazemos a substituição dos alimentos e mantemos o valor nutricional da refeição. Cada vez mais priorizamos produtos in natura no lugar dos processados.

Somente no ano passado, a Secretaria Municipal de Educação distribuiu mais de 10 mil toneladas de alimentos não perecíveis, como arroz, feijão, macarrão e grãos, entre outros; 2.000 toneladas de congelados, como carne bovina, frango, filé de tilápia; e 12 mil toneladas de frutas, legumes, verduras e ovos para compor a alimentação dos estudantes. Neste ano, até segunda-feira (29), 10 mil toneladas de alimentos já haviam sido entregues nas unidades escolares.

Quanto mais tempo o aluno fica na escola, maior é o número de refeições que recebe. Temos hortas em 1.255 escolas, que cultivam temperos, verduras, legumes, frutas, flores e plantas alimentícias. Tais espaços rendem tanto insumos para a merenda escolar quanto abastecem atividades de cunho pedagógico.

Durante o período de férias e recesso escolar, também garantimos a segurança alimentar de nossos alunos e mantemos o fornecimento das refeições dentro da programação do Recreio nas Férias, que ocorrem nos CEUs (Centros Escolares Unificados). A pedido do prefeito Ricardo Nunes (MDB), também distribuímos cestas básicas aos estudantes em situação de vulnerabilidade. Neste ano serão 430 mil.

As escolas também podem utilizar os recursos do Programa de Transferência de Recursos Financeiros (PTRF) para adquirir alimentos, quando necessário. Nos últimos quatro anos, esse recurso teve aumento de 90%. Em 2020, o PTRF era de R$ 297 milhões; neste ano, o montante é de mais de R$ 567 milhões.
Todo o nosso trabalho —e esforço— é para garantir, sob vários aspectos, que a merenda escolar seja saborosa, nutritiva e contribua com o desenvolvimento integral de nossos bebês, crianças e adolescentes.

O acesso a uma alimentação saudável é fundamental para garantia do direito à aprendizagem, com equidade, inclusão e bem-estar.

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