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Rafael Erdreich

Inimigos de Israel desprezam direito internacional e padrões humanitários

O país tem se empenhado para aliviar a situação da população da Faixa de Gaza

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Rafael Erdreich

Cônsul-geral de Israel em São Paulo

Na manhã deste 7 de outubro, as organizações terroristas Hamas e Jihad Islâmica Palestina (PIJ) iniciaram uma nova guerra contra Israel: esquadrões sanguinários de terroristas palestinos romperam a fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, conformando bárbaros pogroms nas ruas e casas das aldeias e cidades israelenses ao longo da fronteira, com o massacre indiscriminado em gênero e idade de qualquer israelense que cruzasse o seu caminho.

Ao mesmo tempo, essas organizações lançaram uma massiva ofensiva de milhares de foguetes e mísseis contra centros populacionais de Israel, de Be'er Sheva, passando por Tel Aviv, até Jerusalém. No momento em que escrevo, o número de vítimas israelenses, na sua maioria civis, é de mais de 650 mortos e mais de 2.000 feridos, além de dezenas de cidadãos israelenses raptados e feitos de reféns pelos terroristas na Faixa de Gaza. Registros da bárbara violência dos terroristas, assassinando e saqueando, são compartilhados nas redes sociais, juntamente a imagens de palestinos em Gaza e na Cisjordânia distribuindo doces em celebração a esses crimes hediondos.

Esse mesmo ensolarado 7 de outubro deveria ter começado com a celebração de Simchat Torá, o último dia sagrado do festival de Sucot. As centenas de milhares de israelenses que vivem na zona rural ao redor da Faixa de Gaza foram abatidas pelo terrível ataque palestino quando se dirigiam para rezar nas sinagogas ou para passar o final de semana com amigos e familiares. O que deveria ser um dia de alegria transformou-se em um dia de tristeza e luto.

Há exatos 50 anos do ataque surpresa dos exércitos árabes ao Estado de Israel na Guerra do Yom Kippur, em 1973, Israel encontra-se novamente sob ataque de inimigos cheios de ódio, que desprezam o direito internacional e os padrões humanitários e demonstram todo o ímpeto de cometer os piores crimes de guerra.

O Hamas não poupa esforços para levar a cabo os seus planos destrutivos. O ataque iniciado no sábado foi antecipadamente planejado e executado sem qualquer pretexto. A gama de recursos que o Hamas e a PIJ investem nos seus esforços de guerra provam a destinação da maior parte do apoio econômico que recebem. A sua prioridade declarada não é o bem-estar dos residentes em Gaza, mas a destruição de Israel, ainda que tenha sido precisamente Israel que, nos últimos tempos, se empenhou para aliviar a situação da população civil da Faixa de Gaza e promover a ajuda econômica e humanitária.

Infelizmente, para o Hamas, as vidas dos cidadãos de Gaza são apenas instrumentos de guerra descartáveis a utilizar para a destruição das vidas dos cidadãos de Israel. Estas organizações terroristas operam deliberadamente em áreas densamente povoadas e adjacentes a instituições humanitárias em Gaza, cometendo, assim, duplos crimes de guerra, pois ao mesmo tempo em que disparam indiscriminadamente contra civis israelenses usam os residentes da Faixa de Gaza como escudos humanos.

O ataque do Hamas a Israel na manhã deste 7 de outubro não poderia ter se concretizado sem o apoio ativo, tanto financeiro como militar, do regime do aiatolá iraniano, que atua incansavelmente na desestabilização da região e do mundo a fim de expandir o seu controle sobre o Oriente Médio e promover sua revolução islâmica.

Todo esse trabalho é feito por seus intermediários, como o Hamas e a PIJ, o Hizbullah no Líbano, os houthis no Iêmen e as milícias xiitas no Iraque.

No entanto, Israel prevalecerá, a despeito das elevadíssimas perdas em vidas humanas que hoje testemunhamos. Lutaremos para proteger as vidas e as liberdades de todos os nossos cidadãos e superar o desafio atual, aderindo aos valores da liberdade, da democracia e do respeito pela vida humana que partilhamos com o mundo livre.

A solidariedade e o nosso direito à autodefesa foram reafirmados por muitos amigos da comunidade internacional, que não querem que as forças obscurantistas tenham sucesso e ameacem ainda mais os esforços em prol da paz e da estabilidade.

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