Leitores comentam texto de assessor de Jair Bolsonaro

Crédito: Leonardo Benassatto/Reuters
O deputado e presidenciável Jair Bolsonaro durante evento em São Paulo

JAIR BOLSONARO

O texto do assessor Gustavo Bebianno é curioso. Exalta a ditadura (que fortaleceu as mesmas construtoras que estão na Lava Jato), diz que hoje não há debate (pois ele era profícuo no período militar!) e aponta como articulador da solução o "chefe", que há trinta anos está na política e, aparentemente, obteve como maior conquista eleger os próprios filhos. Quando é que esse grupo deixará de incensar Bolsonaro e passará a falar de propostas factíveis?

RENE SAMPAR (Curitiba, PR)

Entre os tantos chavões contidos no artigo do assessor parlamentar Gustavo Bebianno, destaco aquele que repete ter sido Leonel Brizola o responsável pelo crescimento da violência no Estado. Brizola não ocupa cargos desde 1994, mas continua sendo o alvo. A questão se relaciona ao fato de ele ter determinado, muitas vezes sem ser atendido, que a polícia tratasse como cidadãos os moradores de favelas, evitando agressões. Para boa parte das camadas média e superior do Rio de Janeiro, isso foi inaceitável.

VANDERLEI VAZELESK, professor de história da América da Unirio (Rio de Janeiro, RJ)

Até que enfim deram espaço para a verdade sobre o passado recente e o presente, mas acho difícil ter uma mudança. Primeiro, conseguir se eleger. Depois, um bom governo terá que romper com muitos interesses, um deles é o gasto de milhões com publicidade. Governo bom não precisa alardear seus feitos, a gente sente no bolso.

JAIRO SAVEDRA (Porto Alegre, RS)


ELEIÇÕES

É quase perfeita a conclusão do texto de Julio Wiziack. Resta perguntar ao mercado se ele votaria numa noiva indicada por Temer, Lula, Aécio, entre outros.

OSMAR G. LOUREIRO (Cravinhos, SP)

Além de talvez Lula, com certeza Bolsonaro, e agora Collor, o brasileiro não poderá se queixar de falta de opções para presidente na próxima eleição. Opções não faltarão. Credibilidade, sim. Oremos.

MOISÉS SPIGUEL, engenheiro civil (São Paulo, SP)


FEBRE AMARELA

Tem razão Hélio Schwartsman ao criticar o relaxo de sucessivos governos na vacinação contra a febre amarela. Se até hoje não se compreende bem como o vírus aparece, esperar as mortes para reagir de maneira atabalhoada é um absurdo. No ano passado, o ministro da Saúde declarou estar extinto o surto em Minas e no Rio. Agora, explode em São Paulo. O chefe de Bio-Manguinhos, pressionado pela restrição de verba, diz que aumentar a produção desta vacina prejudicaria a de outras. Que bagunça!

CARLOS BRISOLA MARCONDES, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (Florianópolis, SC)

TECNOLOGIA E EMPREGO

O assustador impacto de 16 milhões de empregos que serão afetados até 2030 pelo avanço da tecnologia é emblemático. Urge que nos preparemos para tal realidade, adequando por meio da educação nossa massa de trabalhadores.

JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA, advogado e historiador (Rio de Janeiro, RJ)


SÉRGIO CABRAL

Totalmente desnecessário o cenário montado para humilhar Sérgio Cabral. É interessante notar a tendência das reportagens e opiniões a respeito: é como se todos preferissem ver presos naquelas condições precárias que conhecemos, de superlotação e violência. O objetivo do cumprimento de penas é ressocializar o detento, não aplacar a sede de vingança da sociedade.

JEFFERSON C. VIEIRA (São Paulo, SP)

Não entendo a postura da Folha de sistematicamente defender os bandidos, mesmo nos casos como o de Sérgio Cabral, um sujeito que cometeu as piores atrocidades contra milhões de pessoas simplesmente para ostentar. A Folha está preocupada em defender a dignidade do criminoso que chefiou todo um sistema responsável por desviar bilhões do Estado?

GENILDO BORBA (Aracaju, SE)


ILUSTRÍSSIMA

Eu estava entre os que "devoravam" o exemplar da revista "Realidade", na sua fase inicial, tão logo aparecia nas bancas. Daí ter ficado emocionado com o artigo de José Hamilton Ribeiro sobre o jornalista Sérgio de Souza, editor de texto daquela revista.

WILSON GUIMARÃES CAVALCANTI (Niterói, RJ)


ATLETA TRANSEXUAL

A coluna de Mariliz Pereira Jorge e, de forma geral, as matérias não têm colaborado com o debate sobre a presença de atletas trans. A Folha tem reforçado ideias equivocadas ("terceiro gênero"), escorregado na utilização dos termos ("mudança de sexo", citação do nome de registro de Tiffany) e, pior, não tem aberto espaço aos atores principais dessa discussão —as pessoas trans.

RICARDO GONÇALVES DE SALES, pesquisador da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (SP)


CIÊNCIA

A entrevista do cientista Isaías Raw atesta sua personalidade: comprometido com a ciência e com a saúde pública. Ele continua, aos 90 anos, fiel à sua ética. Reconhecido internacionalmente, foi vítima de calúnia por não ceder ao brilho fácil da vaidade.

SYLVIA LOEB, psicanalista (São Paulo, SP)


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