'Estratégia de Lula é arriscada, pode pulverizar o PT', afirma leitor

Partido registrou no TSE a candidatura do ex-presidente, que está preso em Curitiba

Eleições

Votei sempre no PT, e digo isso para me isentar das prevenções contra o partido, o único que pôs em prática as promessas de distribuição da renda (“Pirro às avessas”, de Daniela Lima). Acho a estratégia de Lula, no entanto, muito arriscada. Pode pulverizar o partido, pode destruí-lo. A estratégia sensata teria sido —há meses!— procurar tornar o nome de Fernando Haddad mais conhecido fora de São Paulo, transferindo os votos de Lula para ele. O ex-presidente recusou esse caminho. Pena. Vamos ver que bicho dá.

José Fernando Marques (Brasília, DF)

 

Perfeita a análise de Daniela Lima sobre o raciocínio não do PT, mas de Lula. O ex-presidente armou todo esse circo para continuar em evidência e está conseguindo exatamente isso. Qualquer que seja a ação da Justiça, ele continuará por algum tempo ainda na primeira página. Quanto ao mal que essa estratégia causará ao PT, aí as nuvens são bem mais escuras.

Cleide Bragliollo (São Paulo, SP)

 

Fico me perguntando: para que servem as leis, já que depois do julgamento o julgado fica criticando ou instigando, para que se entenda o contrário do que foi determinado?

Francisco Antonio (Teresina, PI)

 

Todo o mundo sabe que o candidato do PT à Presidência é o Fernando Haddad e a vice será a Manuela D’Ávila (PC do B). Mas o PT optou por Lula, que é inelegível por causa da Lei da Ficha Limpa. Teremos uma chuva de contestações, como se fosse possível contrariar uma lei tão clara, sancionada pelo próprio Lula quando presidente. Nações sérias não permitiriam este teatro ridículo.

Igor Cornelsen (São Paulo, SP)

 

Vai ficando cada vez mais evidente que o lulismo vem se convertendo numa seita religiosa. Nessas condições, não temos um homem de Estado, com pretensões somente temporais de melhor governo, mas um semideus a guiar fiéis (“Militância compara Lula a Cristo e ataca custos do STF”).

José Lino da Silva (Goiânia, GO)

 

Antonio Delfim Netto, com inteligência e didatismo, demonstra-nos de maneira cartesiana porque, com os discursos de campanha dos candidatos à Presidência da República que estão à nossa disposição, não devemos esperar que o futuro próximo seja promissor (“Chantili).

Luís Roberto N. Ferreira (Santos, SP)


Crítica

A peça publicitária da Folha com a foto do ex-presidente Lula e o texto “caçado ou culpado” é de profundo mau gosto. Pôr o rosto dele em página inteira parece-me mais propaganda eleitoral do que um elogio à diversidade editorial do jornal.

Stela Morato, fotógrafa (São Paulo, SP)


Charge

As charges da Folha são deliciosas e expressam com desenhos limpos e poucas palavras exatamente o que o leitor consciente pensa da situação do país, descartando qualquer viés ideológico. Muitas vezes a verdade dói e incomoda, mostrá-la é a função dos chargistas.

Nicola Granato (Santos, SP)

 

Discutir um assunto de forma isenta, lúcida e ao mesmo tempo inteligente e bem-humorada é uma coisa. Fazer ativismo político disfarçado de piada é outra.

Flávio Guimarães De Luca (Limeira, SP)


Escola sem Partido

Frei Betto, como sempre, é magnífico. Ele resume bem em seu artigo que, segundo o projeto conhecido como Escola sem Partido, o professor deve se tornar uma ameba (“Os deveres detalhados da Escola sem Partido”). Com alunos sem consciência crítica, continuaremos a ter os governantes que temos. 

Mariza Bacci Zago (Atibaia, SP)

 

Acho que Frei Betto fez uma interpretação muito particular e equivocada do projeto de lei. O que se pretende é que os professores não sejam amebas, mas, ao contrário, tenham conhecimento para apresentar as várias concepções sobre determinado assunto, sem privilegiar apenas a de sua preferência.

Eva Stal (São Paulo, SP)


Medicamentos para câncer

Quanto ao artigo de Antonio Buzaid (“O câncer não espera”), a ANS informa que a cobertura para tratamento de câncer com medicamentos via oral é obrigatória desde janeiro de 2014. No mesmo ano, também foram incluídos medicamentos para controle dos efeitos colaterais e adjuvantes relacionados ao tratamento quimioterápico oral ou venoso. A ANS ressalta ainda que nas revisões seguintes houve incorporação de outros quimioterápicos orais. Hoje, há 43 medicamentos orais com oferta obrigatória pelos planos de saúde.

Isabella Eckstein, gerente de comunicação social da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar)

 

Antonio Buzaid está coberto de razão ao pedir agilidade da ANS na liberação dos medicamentos para tratamento do câncer. Quem pode judicializa a questão, mas quem não pode ou nem sabe dessa possibilidade fica sem tratamento. Os planos não percebem que a liberação judicial desses medicamentos só encarece as mensalidades que são pagas pelo consumidor.

Patricia Aude (São Paulo, SP)


Policial morta

O artigo de Contardo Calligaris descrevendo seu inconformismo com os fatos que envolveram a morte da policial foi perfeito (“Minha policial ideal”). Além de destacar o fato de que o comportamento do indivíduo pertence à esfera privada, ressaltou o escândalo que deveria ser o fato de que muitas áreas no país não pertencem mais ao Estado, mas ao poder paralelo e criminoso. E isso parece não incomodar ninguém.

Ricardo Freire (São Paulo, SP)

 

Compartilho totalmente do ponto de vista do colunista. A reportagem deveria ter sido feita para escancarar a vergonha que é termos um estado paralelo incrustado dentro de São Paulo. O PCC é uma das mais poderosas facções no Brasil e isso está acontecendo debaixo dos nossos narizes. Não somos capazes de desmobilizá-los, pois a liderança desse grupo de criminosos é muito mais eficiente que o nosso governo. A vida pessoal da soldado era a coisa mais irrelevante a ser noticiada.

Franco Oliveira (São Paulo, SP)


Contrato intermitente 

Excelente alternativa a do trabalho intermitente, pois o empregado encontra uma colocação, mesmo que por tempo limitado (“Uma de cada quatro ocupações já utiliza o contrato intermitente”). É melhor isso a não ter trabalho. E o próprio mercado se encarregará de encontrar um valor de remuneração que compense o menor tempo de trabalho.

Oswaldo Schmitt (Curitiba, PR)


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