'Vitória nas urnas não é cheque em branco para Bolsonaro', afirma leitor

Coaf apontou movimentação atípica de ex-assessor de filho do presidente eleito

Movimentações atípicas

Em uma demonstração de indignação com o quadro político atual, os eleitores foram às urnas e elegeram Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República, mas que o capitão reformado não encare isso como sendo um cheque em branco. O envolvimento em atos suspeitos de uma pessoa próxima a ele está deixando muita gente apreensiva.

Roberto Fissmer (Porto Alegre, RS)

 

Jair Bolsonaro, que é um homem acima de qualquer suspeita, deveria acabar com as insinuações, pondo à disposição a abertura de seu sigilo bancário e patrimonial e o de seus familiares e assessores. Só assim se encerram as especulações feitas (“Saques de ex-auxiliar de Flávio Bolsonaro ocorriam após depósitos de valor similar”). 

Arthur Augusto da C. Carvalho (Niterói, RJ) 

 

É importante que o caso seja esclarecido para que o novo governo tenha credibilidade ante a opinião pública. Todos queremos um Brasil diferente daquele que foi visto nos anos de PT/Temer.

Rafael Seydel (Rio de Janeiro, RJ)

Futuro governo

Ainda sem assumir, o governo eleito já apresenta sintomas de derretimento vis-à-vis seu discurso de campanha. Nada estranho para um político de carreira. O que estranha é a narrativa de um “governo sem ideologias”. Primeiro, por isso ser impossível e, segundo, por ser formado por quadros de extrema direita, com nuances obscurantistas, sobretudo ao negar evidências científicas consolidadas, algumas delas há séculos.

Clarilton Ribas, professor aposentado (Florianópolis, SC)

 

Um ditado caipira é bem adequado para falar sobre o escolhido para ocupar o Ministério do Meio Ambiente (Ricardo Salles) a partir de 2019: vão colocar o cabrito para cuidar da horta.

Mouzar Benedito (São Paulo, SP)


Ataque em igreja

O episódio em Campinas deve ser objeto de séria reflexão. Políticos e eleitores que defendem o maior acesso a armas, um eufemismo para o aumento da disseminação destas na sociedade e do faturamento daí decorrente, têm de ser questionados. Nos últimos dias tivemos, além desse triste caso, o assassinato de dois integrantes do MST e a morte de reféns no Ceará. Os três episódios não podem ser vistos isoladamente, mas como reflexo da apologia armamentista e de certas mensagens nada pacifistas.

Rodolpho Motta Lima (Rio de Janeiro, RJ)

 

Como sempre ocorre quando há casos de ataques perpetrados por loucos para os quais nenhuma lei tem remédio, os antiarmas recorrem a seus batidos clichês em defesa do desarmamento, explorando o drama alheio. Ninguém se pergunta por que nunca há nessas situações e lugares um homem bom armado para deter um homem mau armado?

Paulo Boccato (São Carlos, SP)

 

Modernizar treinamento e equipar as polícias para sair do vergonhoso baixo índice de crimes solucionados ninguém quer. A ideia é flexibilizar o porte de arma para a sociedade ter medo —além da criminalidade que já existe— do seu próprio vizinho.

João Carlos Cattini Maluf (São Paulo, SP)

Ilustrada, 60

Há 60 anos a Ilustrada é a nossa vitrine dos assuntos culturais mais importantes. Desde polêmicas em torno das questões de política cultural e leis de incentivo a retumbantes estreias no campo do teatro, do cinema, dos livros e dos shows. Sessenta anos representam, assim, uma contribuição inestimável a todas as expressões artísticas. A todos que por lá passaram, jornalistas e protagonistas de notícias e, sobretudo, à direção da Folha, faço questão de cumprimentar pela data tão relevante.

Roberto Duailibi, fundador e membro do conselho da DPZ&T (São Paulo, SP)


50 anos de AI-5

Adorei o texto sobre a conversa do embaixador americano John Tuthill com o então presidente da República, Costa e Silva, em 1969, após a decretação do AI-5 (“‘Sacrificamos algumas coisas não fundamentais’, disse Costa e Silva”). Quem sabe agora, depois dessa reportagem, na qual é dita que o embaixador demonstra claramente que seu país foi crítico ao decreto, um pessoal “delirante” para de falar que a intervenção militar de 1964 foi planejada pelos EUA para resguardar os “interesses capitalistas de Washington”.

Fábio Podestá (São Paulo, SP)


João de Deus

Muitas pessoas com câncer que procuraram João de Deus voltavam de lá fortalecidas para enfrentar o duro tratamento. Os médicos que as tratavam não contraindicavam esse reforço espiritual, pelo contrário. Não podemos subestimar os benefícios do efeito placebo (“Porque acreditamos em absurdos?”, de Hélio Schwartsman).

José Marcos Thalenberg (São Paulo, SP)

 

Se considerados os três principais estágios de nosso desenvolvimento, a linguagem, o pensamento mítico e o científico, convenhamos que este último, mais recente e complexo, está longe de ser a principal referência para a interpretação dos fatos entre a maioria dos humanos. A necessidade de crer é bem maior do que a de construir um raciocínio lógico. 

Roberto Oliveira Melo Filho (Salvador, BA)

 

A questão primeira é a investigação sobre a acusação de abuso sexual. Se comprovada, certamente o “médium” terá de pagar pelo que fez. No que diz respeito às curas espirituais, é preciso ter um olhar mais detido e desapaixonado, seja dos que defendem cegamente a verdade desses eventos espirituais, seja daqueles que negam a sua veracidade com igual atitude. O diamante existe, embora seja raro. Não menos verdadeiro é que há falsos diamantes, o que não invalida a existência da pedra preciosa.

Aguinaldo Gabarrão (São Paulo, SP)

Imigrantes

A reportagem se dá num momento de incertezas para o setor de imigração ("Renda per capita do país cairia até 17% sem imigrantes, estima pesquisa"). A relevância da eficiência do processo migratório no país, lamentavelmente, é subestimada pelas autoridades. Em vigor há um ano, a Lei de Migração apresenta problemas de ordem prática e sua implementação empurrou para um mar de indefinições empresas que contam com a mão de obra estrangeira. Faltam informações dos órgãos competentes. É urgente que se esclareçam dúvidas e apresentem propostas claras.

Diana Quintas, advogada (São Paulo, SP)


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