O negro levou o Brasil nas costas para que o branco pudesse falar de cultura, liberdade e justiça, diz Bismael B. Moraes

Para Paulo de Andrade, a busca de outsiders reflete, mais do que renovação, a crise do atual sistema político

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Arte, justiça e escravidão
Registro, aqui e agora, o meu mais profundo respeito ao negro brasileiro, que carregou o Brasil nas costas durante séculos na condição de escravo, sob o domínio da chibata, para que os brancos pudessem falar de cultura, arte, liberdade e justiça.
Bismael B. Moraes, membro da Academia Guarulhense de Letras (Guarulhos, SP)

"Castigo no Pelourinho", quadro de Jean-Baptiste Debret - Reprodução

Ágatha
(“Investigação conclui que PM atirou na menina Ágatha no Rio”, Cotidiano, 19/11). Traficantes que passavam de moto? Tinham uma plaquinha com a palavra “traficante” escrita ou estavam com o uniforme do tráfico, ou seja, preto e pobre?
José Padilha Siqueira Neto 
(São Paulo, SP)

“Forte emoção” cabe ao cidadão comum. Ao policial adestrado para uma ação isso não cabe. Senão é dispensável a existência da própria polícia, uma vez que a técnica e o treinamento não estão sendo eficazes.
Fábio Dantas (Criciúma, SC)

Cracolândia
Os hotéis sociais que existiram na cracolândia foram um respiro para quem tentava deixar as drogas. Assim como “Diz a Ela que me Viu Chorar”, de Maíra Buhler (“Documentário traz sensibilidade esquecida de quem vive na cracolândia”, 18/11), “Hotel Laide” (2017), produzido por Debora Diniz, também explora a realidade de um hotel social, trazendo um olhar sobre a vida dos usuários de crack em São Paulo. São filmes fundamentais para trazer um contraponto ao preconceito que existe contra aqueles que vivem em dependência química.
Arthur de Andrade Neves Menescal 
(Brasília, DF)

Desmatamento
Jair Bolsonaro, como todos os governantes, sempre gosta de pôr a culpa no passado (“Bolsonaro cita Dilma e não comenta aumento recorde de desmatamento”, Ambiente, 19/11). Nenhum deles consegue explicar o presente. Os portugueses são culpados por terem ocupado nosso território, os ingleses são culpados pelo fim da escravidão, os índios, por não terem barrado a ocupação portuguesa, o PT é sempre o culpado por tudo, e o governo Bolsonaro é vítima de todos. E o povo é culpado por ter votado neste governo.
José Celso Righi (São Bernardo do Campo, SP)

Esse cidadão foi eleito para fazer diferente ou para dizer que, “já que o PT fez, eu também posso fazer”?
Sérgio Souza Lima (Barueri, SP)

Emprego
Afrouxar a fiscalização e retirar penalidades para contar com a responsabilidade e a “maturidade” dos interessados (“Proposta do governo de empregos para jovens revoga artigos de fiscalização da CLT”, Mercado, 19/11)? Desde quando isso dá certo? E tudo através de medida provisória, para não ter que se explicar.
Peter Maurice Erna Claessens (São Paulo, SP)

PSL
“Jair Bolsonaro assina desfiliação do PSL” (Poder, 19/11). Bolsonaro não sabe nem mais em que acredita. Já apoiou o venezuelano Hugo Chávez, já rolou por partidos que representam os mais distintos espectros ideológicos e, agora, de forma oportunista, tenta estruturalmente criar um projeto de poder que atenda às demandas do seu clã. Simples assim! 
Mauro Cardoso dos Santos Neto 
(Rio das Ostras, RJ)


‘Nova política’
A busca contínua de “outsiders” reflete, mais do que uma renovação, uma crise do atual sistema político. Um “outsider” pode ter boa qualificação, mas deve conhecer os cargos e os encargos da política, assim como seus concorrentes, para que uma nova política seja mais do que uma sucessão de experimentos com resultados incertos.
Paulo Roberto de Andrade (Piracicaba, SP) 

DPVAT
“Sem DPVAT, Bolsonaro não sabe quem pagará emissão de 65 milhões de documentos veiculares” (Cotidiano, 19/11). É o governo do improviso. À sua frente só funcionários “técnicos” e “competentes”.
Rosemeire Campos (Sorocaba, SP)

Um país governado por um inconsequente, orientado pelo senso de revanchismo. É nesse buraco que todos estamos metidos, em meio a decisões descoordenadas, sem nenhum planejamento e sem programa de nação.
Najila Abdallah Jeha (Ribeirão Preto, SP)

Qual é a serventia do IPVA? Usar a desculpa de que é para a melhoria e conservação das estradas não cola. Aqui no Ceará, as estradas têm mais crateras que a Lua. Se o IPVA não garante nem a impressão do documento, é bom acabar com isso também, pois só serve para gerar caixa dois para eleger governador.
Angelo Gutierre Sampaio de Oliveira (Fortaleza, CE)


São Paulo
Se o governador João Doria tem tanto apreço pela cidade de São Paulo a ponto de querer influenciar a indicação do candidato na próxima eleição, por que não ficou no cargo de prefeito até o fim do mandato? É aqui que os maiores problemas se acumulam e onde sua energia era necessária para trazer um pouco de qualidade de vida para os sofridos habitantes.
Francisco Eduardo Britto (São Paulo, SP)

EUA x China
Com esse alerta contra os chineses, parece que até na espionagem os EUA não querem concorrência (“EUA pressionam Brasil contra entrada da chinesa Huawei no mercado de 5G”, Mercado, 19/11).
João Montanha (Recife, PE)

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Jair Bolsonaro com Zou Zhilei, presidente da Huawei para a América Latina - Marcos Corrêa/PR

Corrupção
Discordo do artigo “Cadeia para corruptos?” (Opinião, 19/11). Hélio Schwartsman parte da premissa de que a corrupção não é um crime violento. Explicitamente, não é, mas tem potencial danoso muito maior: um assassino mata algumas pessoas, o corrupto mata milhares ao tirar-lhes o direito à saúde, à segurança etc. Hélio diz que a sociedade nada ganharia com a prisão do corrupto. Mas que outra punição poderia ser aplicada? Financeira? Isso em nada o puniria, já que seus bens nada lhe custaram, pois foram surrupiados de outros.
Edson Shindi Yamada (Londrina, PR)

Partidos
Pequenas legendas como PSTU, PCO e PCB recusam recursos de bancos, empreiteiras, frigoríficos... Por isso, ficam menos visíveis quando execradas. Somos passíveis de críticas e cometemos muitos erros, como não conseguir maior união para resistir à agromilícia teocrática sustentada pelo setor financeiro. Mas, querido Ruy Castro, é injusto colocar lutadores imprescindíveis no mesmo balaio de secos e molhados eleitoreiro (“A política é uma folia”, Opinião, 17/11). Seu leitor de hoje e de sempre.
Manoel Delgado Martins (Rio de Janeiro, RJ)


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