A derrota
Pela primeira vez a Folha usa palavras acertadas para definir o presidente Bolsonaro ("Bolsonaro, a derrota", Opinião, 11/11): irresponsável, cínico, parvo, insensível, bravateiro, covarde, mesquinho. É isso mesmo. E o pior é imaginar que nós, brasileiros, elegemos um cidadão dono de todos esses predicados para ocupar a Presidência. Além disso, algumas de nossas instituições, ao copiarem o repugnante exemplo de Bolsonaro, degradam-se com atitudes da mais pura e inefável sabujice. Como a Anvisa, que, lamentavelmente, chegou a abdicar de sua nobre missão para mimosear o chefe.
Elisabeto Ribeiro Gonçalves (Belo Horizonte, MG)
Análises sobre a personalidade de Bolsonaro não faltam. É preciso desencadear, com o apoio da mídia, uma imensa campanha para o impedimento desse homem.
Liana Cardoso Soares (São Paulo, SP)
Ainda estou esperando, não tão pacientemente como antes, um editorial da Folha referente a Bolsonaro semelhante àquele de 2015 que pediu a saída de Dilma.
Luis Telles (Bragança Paulista, SP)
O capetão exala o bafio da morte. Seu desprezo pela dor de seus governados é acachapante. Morram quantos morrerem, isso não é com ele, é com o destino. Nenhum filho, pai ou esposo dos já atingidos mereceu uma palavra sua exceto "E daí? Não sou coveiro". Nenhum médico ou enfermeiro, que a cada minuto corre o risco de contágio, recebeu um gesto de solidariedade de sua parte.
Celso Bittencourt (São Paulo, SP)
"Há 4 dias sem reconhecer Biden, Bolsonaro diz que precisa 'ter pólvora' contra sanção por causa da Amazônia" (Mundo, 11/11). Em razão da "superdimensionada pandemia" (sic), o povo brasileiro deixou de comemorar as festas juninas e, por isso, temos pólvora sobrando para atacar os Estados Unidos assim que a guerra de cusparada, digo, de saliva, terminar.
Jackson Ciocler (São Paulo, SP)
Depois dessa atitude de Bolsonaro, o que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, está esperando para dar andamento aos pedidos de impeachment? Que aconteça uma tragédia no país?
Antenor Baptista (São Paulo, SP)
Os comentários feitos ontem por Jair Bolsonaro sobre a vacina Coronavac podem ser atribuídos à sua costumeira incontinência verbal, traço de sua personalidade. No entanto, quando essa fala se baseia em decisão da Anvisa de suspender o teste em andamento, preocupa muito. Não pela suspensão dos testes em si, mas pela decisão tomada pelo órgão, mesmo ciente de que a morte não se relaciona à vacina. Duvidar da imparcialidade da Anvisa era do que menos se precisava neste momento.
Sylvia Alves Corrêa (Cuiabá, MT)
Avisem ao presidente que a pólvora foi inventada na China, que as guerras hoje são nucleares e que ele estará em maus lençóis se os EUA se renderem.
Maria Ester de Freitas (Guarujá, SP)
Uma pergunta aos apoiadores fanáticos que ainda restam, aos militares que o assessoram, aos evangélicos levados pela cegueira, aos fascistoides e defensores de milicianos que lhe dão segurança: o discurso de ódio e o uso do túmulo como palanque não são atitudes suficientes para a prisão ou internação compulsória?
Moacyr da Silva (São Paulo, SP)
Voluntário
Um brasileiro exemplar. Não tinha obrigação de zelar pela saúde pública. Mas, por cidadania e solidariedade, chorando os 130.000 mortos pela pandemia e pensando nos sobreviventes e no perigo que correm, engajou-se como voluntário para enfrentar os altos riscos de uma vacina experimental. Talvez não tenha suportado essa grande tensão. Abandonou a ideia e a vida. Pelo amor de Deus, senhores politiqueiros , desalmados e beligerantes desta amada terra, esse herói será eternizado pelas gerações futuras. Portanto, concedam-lhe a paz dos justos e respeitem a dor de sua família. Intrusos, silêncio.
Nobuco Ogura (São Paulo, SP)
É você
"Lewandowski segue protocolo e enviá à PGR ação sobre reunião entre Flávio Bolsonaro e GSI" (Poder, 11/11). Quem é mais maricas? O cidadão que, justificadamente, teme a Covid ou Jair Bolsonaro e seu filho Flávio, que correram covardemente para baixo das asas supostamente protetoras de Augusto Heleno (GSI) e Alexandre Ramagem (Abin)?
Maurílio Polizello Júnior (Ribeirão Preto, SP)
Eleições 2020
"Após liderar invasões, Boulos tenta fugir da fama de radical" (Poder, 11/11). O título é uma pérola de má-fé e facciosismo. A rigor, é o coletivo MTST --não o "radical" Boulos, à frente da "subversão"-- que decide fazer ocupações, não invasões. Mas a Folha utiliza a expressão —do léxico anticomunista da Guerra Fria— para criminalizar ações que podem, de imediato, beneficiar centenas de desempregados sem teto e, a médio prazo, provocar políticas públicas reparadoras. Faltou no texto lembrar que o "líder de invasões" omitiu da Justiça Eleitoral seu patrimônio: R$ 579,53 .
Caio Toledo (São Paulo, SP)
#Use Amarelo pela Democracia
O nosso lanche da tarde.
Maria Alice Costalonga (São Paulo, SP)
Ibirapuera
"Tristeza e indignação" (Tendências / Debates, 11/11). Estão querendo, mais uma vez, acabar com o pouco incentivo ao esporte e à educação esportiva no Brasil. Tudo isso em troca de outro shopping de consumo, no lugar da educação, que é o de que mais precisamos. Em época de pandemia, o que mais sentimos falta é de espaços abertos para a prática esportiva. Que lástima!
Célia Regina Ferraro Previato (São Paulo, SP)
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