Código que salva
A reportagem "Adolescente sequestrada é salva após usar gesto que viralizou na rede social" me fez lembrar daqueles casos aqui no Brasil em que a mulher liga para o 190 e pede pizza torcendo para que o policial entenda a mensagem. Reconhecer o gesto feito com a mão como um pedido de socorro é fantástico. Precisamos dessa rede de apoio porque, infelizmente, nós, mulheres, ainda corremos risco de vida apenas por sermos mulheres.
Maria Silvia Borrasca (São Paulo, SP)
Bandido é bandido
O candidato à presidência da OAB Alfredo Scaff questionou o fato de bandido ter arma e advogado não poder ter. Para essa pergunta, uma resposta possível é: porque bandido é bandido ("Apoiado por bolsonaristas, Alfredo Scaff quer OAB-SP unida e sem lacração", Poder, 11/11).
Jairo Geraldo Guimarães (Santo André, SP)
Cristiana Lôbo
Não me lembro exatamente quando os meus olhos se encantaram pela forma ágil e afiada com que Cristiana Lôbo se apresentava quando entrava no ar. Talvez hoje não seja data para me reportar a isso. Tão precoce foi sua morte... A única coisa que me conforta é saber que muitas gerações de jornalistas trilharão os caminhos que ela abriu. Faço parte desse grupo que quer, de algum modo, seguir seu rastro. Coração cheio de saudade de alguém que só conheci pela TV, mas que tanto me auxiliou.
Gabriel Neves Matos, 22 anos, estudante de jornalismo (Goiânia, GO)
Nunca fui jornalista, sou um simples publicitário. Estou com 86 anos e, mesmo muito mais velho, aprendi muito sobre liberdade de expressão com o irretocável profissionalismo dessa menina Cris Lobo, que foi embora muito antes do combinado, com apenas 64 anos. Aprendi tanto que estou ousando escrever alguns livros. Acho que Deus estava precisando de uma grande jornalista por lá. Obrigado, Cristiana Lôbo.
Humberto Mendes (São Paulo, SP)
Em uma época tão carente de inteligência pública, perder uma jornalista com a qualidade, a sensatez e o caráter altamente democrático da Cristiana Lôbo é um baque muito grande para todos nós, seus assíduos ouvintes.
Humanismo
"Filha de 3 anos interrompe Jacinda durante live sobre Covid na Nova Zelândia" (Mundo, 11/11). A carga de humanismo transmitida pela primeira-ministra Jacinda Ardern é tocante. É um choque de diferença civilizatória brutal com as lives de Bolsonaro. Este (des)governo de alguém sem nenhum traço de empatia é uma fase lamentável por que passa o Brasil. Que termine em 2022!
Jonas Nunes dos Santos (Juiz de Fora, MG)
Setenta e cinco
"Bolsonaro nomeará 75 desembargadores, na maior canetada da história recente" (Mônica Bergamo, 11/11). Há quem pense que corrupção na esfera pública é tão somente apropriar-se de bens e recursos --ou, mais especificamente, apropriar-se da coisa pública. Tentar aparelhar instâncias estratégicas visando fins escusos também não é? Este governo é a quintessência de tudo isso.
Jane Medeiros (Rio de Janeiro, RJ)
Falaram tanto do PT que ganharam um país muito mais corrupto. "Parabéns" aos patos da Paulista.
Taí uma das atividades preferidas de Bolsonaro: nomear juristas. Portanto é falso que ele só cultiva o negacionismo, a anticiência, a destruição ambiental, a negação da vacina.
Joaquim Manoel Fortes de Castro (Belém, PA)
Gil imortal
Tenho vergonha de dizer que só soube que Machado de Assis era negro quando li o "Cânone Ocidental", de Harold Bloom. A coleção que eu devorara na biblioteca trazia fotos em que sua pele era embranquecida e seus lábios estavam ocultados pelo bigode e a barba. Ao eleger Gil, de méritos culturais inquestionáveis, a ABL nos devolve "o escritor negro" (dizia Bloom, "afro-brasileiro") que a fundou.
Carlos Magno C. B. Fortaleza (Botucatu, SP)
Diante do atual governo brasileiro, um inimigo da cultura, a Academia Brasileira de Letras avança na diversidade na escolha de seus membros e mostra que o Brasil tem um amplo campo cultural, cujas matizes devem estar presentes na entidade.
Antonio Adélio Belmonte Ferreira de Carvalho (Belém, PA)
Não há mudança de concepção na ABL. Há o sequestro da academia pela esquerda festiva. É lamentável. Machado de Assis deve estar se revirando no túmulo.
Imaginar...
Cada coluna do professor Conrado Hübner Mendes é suficiente para valer a assinatura mensal deste jornal. Seria demais imaginar ele como ministro do STF?
Jaime Alberto Costa Ribeiro (Porto Alegre, RS)
2022
Querer é poder? Claro que o Brasil tem jeito. E mudar depende apenas de nós, e nós podemos. É é tudo uma questão de fazer a escolha certa nas eleições de 2022!
Eleonora Samara (São Paulo, SP)
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