Esta semana, a Folha perguntou a seus leitores como o eleitor pode ajudar a formar um Congresso melhor. Algumas das respostas seguem abaixo.

O eleitor deve escolher o candidato por conta de suas propostas, não como agradecimento por benesses para si, seu bairro ou sua cidade.
Sérgio Dias Canella (Rio de Janeiro, RJ)

Escolhendo novos representantes, analisando seu histórico na área familiar, profissional e emocional. Com um novo parlamentar, poderemos ter resultados diferentes.
Ederbal Miranda (Conceição da Feira, BA)

Numa tentativa de reeleição, por exemplo, é preciso examinar a atuação do parlamentar durante o mandato: as propostas apresentadas e seu posicionamento nas votações. Visam o bem público ou benefício próprio? Em caso de primeiro mandato, pesquisar sua vida pessoal e profissional, sua vinculação partidária e se suas propostas estão de acordo com suas atitudes. E não se deixar levar por mentiras. Há sites para verificação de notícias falsas. Usemos.
Suely Pereira de Mendonça (Rio de Janeiro, RJ)

Votando em representantes dos povos originários, em defensores do SUS, das ciências, da agroecologia e da agrofloresta, em representantes de movimentos sociais. Precisamos eliminar as bancadas da bala, da Bíblia e do boi, que representam as elites do atraso.
Andréia Auxiliadora Marcondes de Paula (Lorena, SP)

Exigindo o fim da reeleição para todos os cargos políticos.
Cosme de Oliveira Silva (Rio de Janeiro, RJ)

Precisamos eleger mais mulheres e mais pessoas negras. Apenas com mais diversidade poderemos ter um país melhor.
Pablo Laffaet Stefanes Soares (Gravataí, RS)

Não votando em oligarcas ou lobistas. Interrompendo os votos em filhos e netos de políticos de partidos fisiológicos. Diversificando o voto e escolhendo mulheres, negros e pessoas trans, ou seja, escolhendo candidatos que representem as minorias.
Geralda Aparecida Vieira de Carvalho (São Paulo, SP)

Votando em candidato que tenha uma pauta clara, que atenda as demandas e os desejos do povo, ou seja, um Congresso que atenda a sociedade, não grupos que utilizam o povo como massa de manobra em prol de seus interesses.
Anderson dos Santos (Poções, BA)

Excluindo congressistas demagogos, fanáticos, religiosos e que não atendem o interesse do povo menos privilegiado.
Pablo Henrique de Oliveira Moreira (Betim, MG)

Evitando votar nos partidos de centrão e votando em partidos que seguem uma ideologia em que acredita. Eu voto no Novo.
Cristiano Starling Santos (Belo Horizonte, MG)

Exigindo do congressista que nós elegemos uma prestação de conta semanal em nossas redes sociais. Pode ser até pelo WhatsApp, por exemplo.
Benedito Rodrigues de Carvalho (Piquete, SP)

A curto prazo, acho muito difícil uma mudança. É preciso que a população aprenda desde cedo quais as funções do Legislativo. A maioria dos eleitores subestima os votos para deputado federal e senador, definindo-os de última hora, esquecendo rapidamente em quem votou e deixando de fiscalizar o eleito.
Luca Carrard Dornelles (Brasília, DF)

Outros assuntos

Bolsonaro e a fome
"Bolsonaro diz que picanha de Lula é conversa e não existe fome ‘pra valer’ no Brasil" (Política, 26/7) Bolsonaro ,em que país você vive? Caia na real. Aqui em Uberlândia tem gente, sim, passando fome e pedindo para a gente comprar alimento na porta da padaria. Ainda diz que é cristão. Isso é uma prova de que você nunca leu e aprendeu os ensinamentos de Jesus.
Eurípedes Mendes (Uberlândia, MG)

Se houvesse tamanha quantidade de famintos graves, os 33 milhões que a pesquisa apontou, não conseguiríamos andar nas ruas, as UBS estariam lotadas de crianças desnutridas. E os governos estaduais e municipais, não estariam com programas gigantescos para minimizar a fome? Como disse, tudo mentira.
Douglas Ferreira (São Caetano do Sul, SP)

Tripudiar e duvidar sobre a existência da fome e imaginar famílias inteiras e crianças sem refeições ou racionando comida, comprometendo seu desenvolvimento e consequentemente o futuro do país que ele governa, dá uma dor no coração, uma tristeza profunda. O diabo te inveja.
André Moraes (Rio de Janeiro, RJ)

Michelle e religião
"Postura de Michelle sobre religiões africanas é criticada em grupos bolsonaristas" (Política, 27/8) Religião no Brasil é algo tão miscigenado quanto o povo brasileiro. A mesma pessoa que vai ao centro espírita vai à missa. Muitos cultos neopentecostais têm louvores muito próximos de celebrações da fé de raiz africana. Fundamentalismo aqui é fake news, forma de manipular a fé. E ela sabe bem disso.
Daisy Santos (Aracaju, SE)

Chinesada do Guedes
"‘Não queremos a chinesada entrando aqui’, diz Guedes" (Política, 26/8) O Paulo Guedes, acho que vive em Marte. Onde foram parar as indústrias de autopeças, calçados,roupas, aço, automóveis? Está uns dez ou quinze anos atrasado na a previsão.
Clóvis da Silva Leitão (Rio de Janeiro, RJ)

Guedes definitivamente não tem tato. Partiu para o populismo bolsonarista e atacou o principal cliente do agronegócio e da mineração. De quebra, enterrou os princípios do seu pseudo-liberalismo, deixando explícita a dependência do empresariado brasileiro a um governo paternalista, em vez de buscar sua maioridade frente à globalização.
Vilarino Escobar da Costa (Viamão, RS)