Foco no lucro impede que privatizações sejam benéficas, opinam leitores

Para outros, eliminação de burocracias e ingerência política é fator positivo

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Nesta semana, a Folha perguntou aos leitores se privatizações trazem melhorias a serviços antes prestados pelo Estado. Confira a seguir algumas respostas.

Não. Serviços essenciais como água e energia são de interesse público, não cabendo privatização. Além disso, o processo de privatizações iniciado com FHC foi sinônimo de corrupção, serviços mal prestados e aumento de preços ao consumidor.
Rodrigo Augusto Leão Camilo (Goiânia, GO)

Privatizações não trazem melhores serviços pois a prioridade de uma empresa privada é gerar lucro para seus acionistas, enquanto uma empresa pública pode estabelecer outras prioridades. No entanto, uma má administração e a ausência de fiscalização podem levar à precarização dos serviços em ambas as situações.
Yuri Oliveira Kuhn (Luís Alves, SC)

Fotografia colorida de torres e linhas elétricas de alta tensão em meio a região da mata
Linhas elétricas de alta tensão em Cubatão (SP) - Nelson Alemida - 4.nov.21/AFP

Trazem melhorias, pois o governo não possui caixa suficiente para melhorar os serviços públicos e também falta planejamento devido ao mau uso das estatais.
Jefferson Rodrigues de Oliveira (Maceió, AL)

Não, o modelo de privatização praticado pela administração pública do Brasil é baseado na realização de aportes de verba pública para garantir ganhos e cenários positivos aos concessionários, ou seja, transfere-se dinheiro público diretamente para empresas privadas, aumentando o custo estatal em vez de gerar economia e competitividade.
Fábio Takayama Garrafoli (São Paulo, SP)

Quando se trata de serviços públicos e monopólios naturais, não, e por uma simples razão: serviços públicos muitas vezes são necessidades básicas das pessoas e, portanto, o valor pago precisa ser baixo para que haja a acessibilidade por todos.
Thiago dos Santos (São Paulo, SP)

Sim. Veja o caso das companhias telefônicas. Há melhoria em todos os níveis e administração por capacidade, não por indicação política.
Maria Marta Leitão (São Paulo, SP)

Não, pois a empresa privada visa apenas o lucro. O pobre que mora longe não vai ter transporte nem água, pois a empresa privada não vai atender com visão social. Se tem pouca demanda, não vai dar lucro; logo, ela não vai investir nesse local.
Tomoko Saeki (São Paulo, SP)

Não. Empresas privadas visam apenas o lucro, e órgãos fiscalizadores e reguladores são ineficientes.
Ana Cláudia Kirsch dos Santos Souza (Porto Alegre, RS)

Sim. O investimento melhora a qualidade dos serviços ao eliminar a burocracia e facilitar o acesso.
Renato Vasconcelos (São Paulo, SP)

Não. Nas privatizações prevalecem quaisquer interesses, menos o bem comum. É certo que os serviços públicos têm inúmeros problemas, mas estes devem ser solucionados com ações de incentivo à cidadania, educação acerca do sentido do Republicanismo etc., e não com a venda de serviços cujo impacto na vida da população não permite que fiquem à mercê do interesse lucrativo de poucos.
Emerson Dylan (São Paulo, SP)

Não, o lucro é um empecilho aos interesses da maioria, ao privilegiar uma minoria que se aproveita da estrutura pública já pronta, erguida com o dinheiro dos contribuintes, como a Eletrobras, por exemplo. Na verdade, privatizar o patrimônio público deveria ser crime de lesa pátria, por contrariar os interesses internos da economia nacional.
Ramon Silva Figueiredo (Natal, RN)

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