Assinantes opinam sobre 'PEC das Praias': 'Acho uma aberração'

'Vergonhosa ação para favorecer especulação imobiliária', diz leitor

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Nesta semana, a Folha perguntou aos leitores suas opiniões a respeito da chamada "PEC das Praias", que tem Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como relator e propõe transferir terrenos de marinha em áreas urbanas da União para estados e municípios ou para proprietários privados. Os leitores comentaram se consideram o projeto benéfico ou se os riscos ambientais, sociais e financeiros são maiores. Confira algumas respostas a seguir.


A visão de benefício vem apenas de personagens mais interessados em lucro imobiliário e exploração turística hoteleira. Além de representar perigo à natureza, favorecer a devastação, aumentando lixo, trata-se também de risco à própria população que seria usuária das explorações na costa, pois é sabido que há grande possibilidade das alterações climáticas repercutirem na mudança das marés e no nível do mar.
Carlos Caramori (Botucatu, SP)

Acho esta proposta uma aberração. Com toda a certeza querem restringir o direito de ir e vir do povo.
José Wilson Mariano Pires (Curitiba, PR)

A PEC é uma vergonhosa ação para favorecer especulação imobiliária.
Vilarino Escobar da Costa (Viamão, RS)

Totalmente maléfica, tal medida é sectária, visando a destruição do meio ambiente e muitos lucros para uma minoria em detrimento da maioria da população brasileira.
Silvia R. B. de Almeida Negretti (Taboão da Serra, sp)

Os riscos à natureza são descomunais. Em uma rápida volta no entorno de Porto de Galinhas, dá para ver a explosão de resorts de luxo que vedam o acesso à praia. Esse projeto só vai agravar ainda mais o problema, gerar mais esgotos, sujeiras, plásticos e afins.
Valdeci Manoel (Assis, SP)

Há elementos no projeto que indicam a possibilidade concreta de se repetir de forma mais grave a construção de muralhas de espigões de concreto ao longo das praias. Além do que aconteceu em Porto Alegre, merece ser observada a sucessão de quedas de falésias em praias do Nordeste, em sinal claro de que as mudanças climáticas não são fantasia.
Antonio Agenor de Lemos (Brasília, DF)

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Praia de Porto de Galinhas em Ipojuca, litoral de Pernambuco - Rubens Cavallari/Folhapress

Os riscos são altíssimos! Propor uma emenda como essa no mesmo mês em que praticamente todo um estado da federação (RS) ficou embaixo d’água em função dos extremos climáticos é uma audácia sem precedentes. Precisamos o mais rápido possível ouvir os apelos gritantes da ciência.
Fernando Lima Rodrigues da Cunha (Itajaí, SC)

É benéfica para quem tem dinheiro e os supostos proprietários. A praia sempre foi de uso comum a todos e muitas vezes é a única alegria do cidadão que já é pisoteado pela sociedade todos os dias, com um salário que não dá nem para pagar as contas direito.
Thaís Rocha (Caraguatatuba, SP)

Acho que é benéfico, além de trazer um bom retorno, não afeta o público. Pelo o que eu entendi, pessoas que têm território na beira da praia irão poder meio que comprar aquele espaço em frente, para uso privado, gerando também mais privacidade, onde um monte de pessoas em praia aberta não teria.
Patrick Araujo de Lacerda (São Paulo, SP)

Como a privatização das praias vira uma pauta? Que tempos esquisitos são esses? A praia é uma das poucas coisas que é de graça, assim como a vergonha na cara. Aprendam.
Eduardo Paco (São Paulo, SP)

O projeto vai restringir o acesso da população às praias e ambientalmente as construções de resorts à beira-mar vão interferir de forma negativa nos ecossistemas, trazendo mais desequilíbrio ambiental.
Beatriz Regina Alvares (Campinas, SP)

É benéfica, não trata de questões ambientais nem muda nada em relação a isso, apenas passa a propriedade aos atuais proprietários de fato, e acaba com a taxação absurda.
Bruno Maya (Garopaba, SC)

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