'É preocupante que setores da sociedade queiram assumir o poder através da força', escreve leitor

Além de tentativa de golpe na Bolívia, assinantes comentam descriminalização do porte de maconha e outros temas

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Tentativa de golpe
"General golpista na Bolívia é preso e acusa presidente de ter preparado autogolpe" (Mundo, 26/6). É preocupante que setores da sociedade queiram assumir o poder através da força, e não pelo jogo democrático. Alguns, quando o fazem, tentam se perpetuar no poder, enfraquecendo o próprio sistema que os elegeu. Tais extremistas rumam ao autoritarismo com discurso fácil da luta entre "o bem e o mal", o suposto combate à corrupção, xenofobia e a mistura de religião com política.
Roberto Ken Nakayama (São Paulo, SP)


A maior reserva de lítio do planeta está na Bolívia. No último ano, foram firmados acordos com a China e com a Rússia. Interferência dos EUA na política para desestabilizar o país e os conflitos por procuração entre as hegemonias econômicas? Pode ser. O povo boliviano, discriminado até por seus irmãos e vizinhos, não merece isso.
Jane Ventury Leal (Belo Horizonte, MG)


O "golpe" na Bolívia é tão real quanto uma nota de R$ 3. A falta de criatividade e competência para tirar o país do purgatório financeiro e social desde Evo Morales gerou um patético teatro para aparecerem. Por que não incentivam o turismo, suas empresas, e geram empregos, e politizam menos? Isso também vale aqui, onde o "amor venceu".
Roberto Moreira da Silva (Cotia, SP)


O governo legal boliviano prendeu o golpista em 24 horas! Enquanto isto, no Brasil, gente do mesmo tipo, mais de um ano depois, anda por aí agitando e fazendo o tempo passar para que tudo seja esquecido e eles possam preparar outro golpe. Está tudo dominado.
Nicola Granato (Santos, SP)

Apoiadores do presidente boliviano Luis Arce se manifestam enquanto o general Juan Zuñiga é preso após tentativa de golpe (Foto: Ernesto Benavides/AFP) - ERNESTO BENAVIDES/AFP

Descriminalização do porte
"Tímida, decisão do STF não enfrenta punitivismo racista" (Thiago Amparo, 26/6). O autor citou o copo meio cheio e meio vazio para a decisão do STF. Certamente o copo permanecerá vazio para pretos, pobres e periféricos.
Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)

Para inglês ver! Se tiver drogas, mesmo em pequena quantidade, mas com indícios de comércio (a critério do policial), é traficante. O encarceramento de pretos e pobres em massa não corre "risco" de acabar!
Carlos Henrique Pacheco da Silva (São Paulo, SP)


Não só a quantidade vai definir se o portador é usuário ou traficante. O porte, junto de outros indícios, como ter uma balança de precisão, lista de clientes e dinheiro inexplicável, pode caracterizar tráfico. Caso os agentes façam vista grossa se o suspeito for branco, nada tem a ver com a legislação aprovada. É outra questão e merece outras iniciativas.
Michele D. Ambrosio (São Paulo, SP)

O STF abre uma série de brechas para que a situação continue da mesma forma, sobretudo quando dá peso à palavra do policial.
Anderson Felix (Mauá, SP)

Investigados pela PF
"PF inclui ex-CEO da Americanas na difusão vermelha da Interpol" (Mercado, 27/6). E os fornecedores e funcionários que faliram e perderam os seus empregos? O trio parada dura nada sabia? Infelizmente o crime compensa no Brasil.
Ronaldo J. Nascimento (Londrina, PR)

É vergonhoso que essa fraude tenha sido descoberta em 2023 e só agora a Polícia Federal foi procurá-los, após os aparentemente envolvidos terem tempo suficiente para fugir. Por que não foram presos preventivamente quando havia evidências?
Manoel Jorge Tavares (Vitória, ES)

‘Simplesmente Maysa’
"Não se nasce Maysa: torna-se Maysa" (Mirian Goldenberg, 26/6). Ainda hoje os meios de comunicação continuam a ser "uma máquina de moer vidas", com publicações com títulos e adjetivos preconceituosos, que desumanizam. Condenam quem usa álcool, mas têm fabricantes de bebidas alcoólicas entre os anunciantes.
Jose E. M. Cardoso (Rio de Janeiro, RJ)


Belo texto com final contundente. Pena que o Brasil adore maltratar seus gênios, principalmente se forem mulheres, pretos, pobres e homossexuais.
Luciana S. Mennucci (São Paulo, SP)

Fiquei feliz com a homenagem à eterna Maysa.
Filipe Moura Lima (Amparo, SP)

‘Guerra não é avanço’
"Ultradireita: perigosa, inútil e deselegante" (Opinião, 26/6). Viveiros publica mais uma artigo mainstream. Diz que "qualquer pensamento político que não privilegie as pessoas e a vida está no caminho errado". Pergunto: os Estados Unidos estavam no caminho certo ao invadir, em 1965, pela segunda vez, a República Dominicana para impor sua democracia, tão enaltecida pelo autor? Ou estavam no caminho certo ao invadir o Vietnã, o Laos, o Camboja, assassinar árabes no Iraque, Líbia e Síria? Biden está no caminho certo ao mandar armas para Israel exterminar o povo palestino? Paro por aqui.
José Ronaldo Curi (São Paulo, SP)


Viveiros menciona díspares governos e movimentos políticos de heterogêneas épocas e nações para rotulá-los como ultradireitistas e, assim, tentar passar a ideia de que há traços essenciais comuns. Sobre o Brasil, a má-fé é clara. O presidente eleito em 2018 teve uma postura, em geral, digna de elogios, por frisar seu respeito à Carta Magna e agir conforme seus ditames.
João Paulo Zizas (São Bernardo do Campo, SP)

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