A operação deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (8) expôs novos indícios e a estrutura do golpismo na cúpula bolsonarista. Militares —incluindo generais de quatro estrelas e ex-comandantes das Forças—, ex-assessores e ex-ministros, o presidente do PL e o próprio Jair Bolsonaro foram alvo da corporação.
A PF investiga uma tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder. As diligências, autorizadas por Alexandre de Moraes (STF), se basearam na delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e em indícios encontrados em equipamentos dele. Em um computador do tenente-coronel estava o vídeo de uma reunião em que o então presidente e ministros discutiram cenários golpistas. Também vieram à tona evidências de que Bolsonaro teria pedido e aprovado mudanças em uma minuta golpista.
As revelações permitem estabelecer uma espécie de cronologia, com passos que incluiriam a convocação de protestos, a mobilização de militares e até um plano para prender Moraes. Nesta quinta, Bolsonaro disse à Folha que é alvo de "uma perseguição implacável". Aliados do ex-presidente também criticaram a operação.
No Café da Manhã desta sexta-feira (9), a colunista da Folha Mônica Bergamo detalha as frentes da operação da PF e analisa os efeitos para o ex-presidente Jair Bolsonaro e o entorno dele.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelas jornalistas Gabriela Mayer e Magê Flores, com produção de Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann e Raphael Concli.
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