Em favelas do Rio, Lula chama Dilma de mãe do PAC
Para um público de cerca de mil pessoas no Complexo do Alemão (zona norte do Rio), onde fez o lançamento das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em favelas fluminenses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) como a "mãe do PAC". Dilma é cotada como possíveis candidatas do PT à Presidência da República em 2010.
No discurso, o presidente pediu para Dilma, que estava na segunda fila de um grupo de 35 pessoas no púlpito --entre ministros, secretários estaduais do Rio, deputados e senadores-- ir à frente do palanque e anunciou:
"A Dilma é uma espécie de mãe do PAC. Ela é a companheira que coordena o PAC. É ela que cuida, que acompanha, que vai cobrar junto com o [ministro] Márcio Fortes [Cidades] se as obras estão andando. O [Luiz Fernando] Pezão [vice-governador e secretário estadual de obras do Rio, responsável pelas obras do PAC nas favelas fluminenses] é grandão, mas ele vai saber o que é ser cobrado pela Dilma."
No começo do ano, durante apresentação do balanço do primeiro ano do PAC, Dilma demonstrou irritação com a ligação entre seu nome, o programa e as eleições de 2010. "Cansei de falar que não sou candidata. Sempre que isso é colocado, em vez de me beneficiar, prejudica o PAC", disse ela em janeiro.
Credor
Ao enumerar as obras do PAC previstas para começar na segunda-feira (10) no Alemão, Lula disse que "o Brasil definitivamente se encontrou consigo mesmo". Lembrou à população local o pagamento da dívida externa e afirmou que "não queremos o FMI [Fundo Monetário Internacional] dando palpite no Brasil". "Pela primeira vez em 500 anos, o Brasil não é mais devedor, é credor."
Além de Dilma, estavam no lançamento os ministros Márcio Fortes (Cidades), Tarso Genro (Justiça), Franklin Martins (Comunicação Social) e José Gomes Temporão (Saúde), o senador Marcelo Crivella (PRB) e a secretaria estadual de Assistência Social do Rio, Benedita da Silva. O prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM), que será responsável por uma contrapartida de R$ 26,7 milhões, não foi ao evento.
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