Sem febre, mas ainda sob antibióticos, Bolsonaro inicia dieta cremosa

Boletim médico diz que houve boa aceitação do novo regime alimentar

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São Paulo

Depois da dieta líquida, Jair Bolsonaro iniciou neste sábado (9) a dieta pastosa. O presidente comeu creme de legumes com carne batidos no liquidificador, creme de pera e tomou picolé de limão.

Segundo o boletim médico, houve boa aceitação do novo regime alimentar, e o presidente continua sob antibióticos e nutrição parental. "O quadro pulmonar está em regressão e houve melhora dos exames laboratoriais", diz o boletim. 

Neste sábado, Bolsonaro andou pelo quarto um pouco mais do que nos últimos dias. O presidente continua a fazer exercícios respiratórios no hospital Albert Einstein, onde está internado desde o dia 27 de janeiro. Não há ainda previsão de alta.

As visitas ao presidente permanecem restritas. Neste sábado, Bolsonaro falou por telefone com os ministros Paulo Guedes (Economia), Sergio Moro (Justiça) e Osmar Terra (Cidadania).

Presidente Jair Bolsonaro começou dieta cremosa neste sábado (09) - Divulgação

Bolsonaro foi submetido à cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal e retirada de uma bolsa de colostomia no dia 28 de janeiro.

Na ocasião, os médicos mudaram a técnica prevista inicialmente e tiveram que fazer um procedimento mais complexo do que era esperado.

Um trecho do intestino, que estava ligado à bolsa que recolhia as fezes havia quase cinco meses, foi retirada e descartada.

Com isso, decidiu-se ligar o intestino grosso ao delgado diretamente. Por esse motivo, o processo foi mais longo do que o esperado, e três a quatro horas, e durou sete. 

Essa foi a terceira operação pela qual ele passou desde que foi alvo de uma facada, em setembro de 2018, durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

Nos primeiros dias seguintes à cirurgia, o presidente mostrou boa recuperação.

No último fim de semana, contudo, ele teve uma parada do intestino, além de ter náuseas e vômitos. Isso fez com que os médicos decidissem colocar uma sonda nasogástrica para a retirada de líquido acumulado no estômago, que provocava enjoo.

Um aumento de temperatura no domingo também fez com que os médicos iniciassem um tratamento de amplo espectro com antibióticos, o que provocou o primeiro adiamento da alta.

Isso ocorreu ao mesmo tempo em que foi descoberto um acúmulo de água na cavidade abdominal, exigindo a colocação de um dreno no local. 

A descoberta da pneumonia levou os médicos a ampliar a quantidade de antibióticos, exigindo um recomeço do tratamento que dura, no mínimo sete dias.

 

O QUE ACONTECEU DESDE A CIRURGIA DE BOLSONARO

Atividade precoce
A recomendação médica era para que o presidente evitasse falar nos primeiros dias para evitar o acúmulo de gases na região do abdômen, o que poderia atrapalhar a cicatrização. Dois dias depois da cirurgia, porém, Bolsonaro reassumiu a Presidência a distância, fez reuniões e assinou decretos

Paralisia intestinal
Cinco dias após a cirurgia, a expectativa era que o presidente já estivesse comendo alimentos pastosos pela boca e evacuando. No sábado (2), porém, Bolsonaro voltou a usar sonda nasogástrica. O intestino delgado parou, houve acúmulo de líquido no estômago e o presidente teve náuseas e vômitos

Quadro infeccioso
Na noite de domingo (3), o presidente teve febre e exames mostraram uma infecção (abscesso) na região intra-abdominal, próxima à antiga colostomia. Na quarta (6), voltou a ter febre, e uma tomografia detectou pneumonia. Exames médicos descartaram a possibilidade de infecção viral

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