Bolsonarista preso em motim da PM e ex-prefeito disputam eleição com outros 12 em Vitória

Vereadora é a única mulher entre 14 candidatos a prefeito na capital capixaba

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Vitória

A disputa pela Prefeitura de Vitória conta com 14 candidatos, em um cenário bem mais amplo que o de 2016, quando concorreram cinco.

O atual prefeito, Luciano Rezende (Cidadania), tenta emplacar o deputado estadual Fabrício Gandini (Cidadania), vereador mais bem votado na capital em 2016.

Na tentativa de ofuscá-lo, há um deputado estadual bolsonarista, preso em motim da PM de 2017, o atual vice-prefeito, um ex-prefeito e a única candidata mulher, uma vereadora, entre outros.

Gandini formou uma coligação com PSC, Podemos, PDT, PV, Avante e PSL, o que deve lhe render o maior tempo de TV na propaganda eleitoral. Tem como vice, do PSL, o vereador evangélico Nathan Medeiros, convocado para ajudá-lo a ganhar musculatura em regiões mais periféricas.

O bolsonarista Capitão Assumção (Patriota) é deputado estadual. O militar da reserva ficou preso por quase dez meses em 2017, acusado de liderar o motim da Polícia Militar. O movimento durou 22 dias, com 200 mortes no período, envolvendo saques e assassinatos à luz do dia.

Hoje, Assumção nega papel de liderança e diz que está recorrendo ao Tribunal de Justiça capixaba alegando arbitrariedade e competência da Justiça Militar, e não comum, de julgar seu caso.

Ele já usou a tribuna da Assembleia para oferecer R$ 10 mil a quem matar o responsável pelo assassinato de uma jovem.

Delegado, o também deputado estadual Lorenzo Pazolini (Republicanos) conseguiu concluir uma coligação com MDB, DEM, PTC e Solidariedade.

O parlamentar ganhou fama pela prisão de pedófilos durante sua atuação como titular na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.

Segundo deputado mais votado na eleição de 2018, com 43.293 votos, foi um dos parlamentares que entraram numa unidade de saúde para fazer uma vistoria por conta própria um dia depois de o presidente estimular a população a invadir hospitais para filmar oferta de leitos da Covid-19. Ele refuta tratar-se de uma invasão.

É na periferia que o ex-prefeito João Coser (PT), que governou Vitória de 2005 a 2012, tem caminhado bastante para tentar voltar à sua antiga cadeira. Fez lives na redes sociais com Dilma Rousseff e Fernando Haddad, e agora aguarda uma transmissão com o ex-presidente Lula.

Coser deixou a prefeitura sem entregar a maior promessa da então campanha, a muito comentada construção de um metrô de superfície. Agora, aposta no mote “Foi João que fez”, relembrando feitos como a revitalização do centro histórico e a construção da ponte estaiada de Vitória, cartão-postal da capital capixaba.

Completam a disputa eleitoral o ex-secretário da Segurança Pública Nylton Rodrigues (Novo), que comandou a pasta durante o motim da PM; o atual vice-prefeito de Vitória Sérgio Sá (PSB), a vereadora de cinco mandatos consecutivos Neuzinha de Oliveira (PSDB), o vereador Mazinho dos Anjos (PSD), o professor Raphael Furtado (PSTU), o ex-vereador Namy Chequer (PC do B), o engenheiro Halpher Luiggi (PL), o aposentado Gilbertinho Campos (PSOL) e o empresário Eron Domingos (PRTB).

O advogado Fábio Louzada, do MDB, luta na Justiça pelo direito de disputar a cabeça de chapa e não coligar com Pazolini.

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