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Áurea Carolina, candidata em BH, defende isenção do IPTU para afetados pela pandemia em sabatina Folha/UOL

Educadora filiada ao PSOL diz que medidas econômicas adotadas pela prefeitura foram insuficientes

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São Paulo | UOL

A candidata à Prefeitura de Belo Horizonte pelo PSOL, Áurea Carolina, afirmou que foram insuficientes as medidas econômicas adotadas pela atual gestão para que os pequenos comerciantes enfrentem a pandemia.

Durante sabatina promovida pela Folha e pelo UOL na manhã desta sexta-feira (9), ela defendeu a isenção de alguns tributos como forma de ajudar a retomada da economia na capital mineira.

"A gente precisa pensar numa política de isenção temporária do IPTU e outros tributos para os mais impactados", disse em entrevista às repórteres Amanda Rossi, do UOL, e Fernanda Canofre, da Folha.

A candidata afirmou que Belo Horizonte "já vinha num retrocesso econômico", o que, segundo ela, foi agravado com a desatenção da prefeitura com os pequenos comércios, lojas e estabelecimentos. "Muitos deles tiveram que fechar as portas e isso teve um efeito desastroso para a cidade", disse.

A candidata também defendeu uma realocação da política tributária. A ideia é que a parcela da população de classe mais alta, que sustenta fortunas de mais de R$ 5 milhões, segundo ela, comprometa-se com um valor maior de arrecadação para a capital mineira.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (8) apontou o atual prefeito e candidato à reeleição, Alexandre Kalil (PSD), na liderança com 56% das intenções de votos. Áurea Carolina tinha 3%.

Frente de esquerda e doações em campanha

Áurea tentou formar uma frente de esquerda para a eleição em Belo Horizonte, mas a aliança não aconteceu. "De fato tentamos construir uma frente ampla de esquerda, dialogamos durante semanas com PT e PC do B, e com outros partidos", disse.

Segundo a candidata, por diferentes razões, as siglas decidiram seguir com candidaturas próprias. "É uma perda a gente não ter essa frente ampla, essa dispersão do voto pode ter um custo lá na frente."

Ela também comentou o caso do candidato do PSOL em Duque de Caxias (RJ) que foi ameaçado de punição pelo partido por receber doações de algumas pessoas, entre elas Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central. "Eu compreendo nesse caso que não há qualquer violação ao estatuto do PSOL", disse Áurea.

Ela ainda afirmou que o enfrentamento ao racismo passa também por medidas de reparação. "Isso envolve, sim, uma distribuição dos recursos."

A candidata disse também que faz parte da oposição ao governo Jair Bolsonaro (sem partido) e Romeu Zema (Novo). "Vou buscar interlocução com representantes do governo estadual e federal, mas sem jamais me curvar aos seus desmandos e sua forma autoritária e destrutiva de governar."

Sabatinas

A sabatina com Áurea foi a quarta e última com os candidatos em Belo Horizonte. Já foram entrevistados Alexandre Kalil (PSD), Bruno Engler (PRTB) e João Vítor Xavier (Cidadania). De Salvador, o Pastor Sargento Isidório. Do Recife, já foi sabatinada a candidata Patrícia Domingos (Podemos). De Curitiba, Goura (PDT).

Erramos: o texto foi alterado

Diferentemente do que afirmou versão anterior deste texto, o candidato a prefeito de Curitiba que participou da sabatina Folha/UOL foi Goura (PDT), não Rafael Greca (DEM).​ O texto foi corrigido.​

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