Descrição de chapéu Eleições 2022

Lula e Bolsonaro travam confrontos em debate; veja vídeos

Principais candidatos ao Planalto nas eleições de 2022 se encaram em evento exibido na Bandeirantes

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São Paulo

No primeiro debate entre candidatos à Presidência nas eleições de 2022, neste domingo (28), os líderes da corrida ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), tiveram embates diretos.

No primeiro bloco, Bolsonaro perguntou a Lula se ele queria voltar ao poder para "continuar a corrupção na Petrobras". Lula respondeu: "Era preciso ser ele a me perguntar, e eu sabia que essa pergunta viria". Na sequência, o petista citou medidas anticorrupção e de transparência do seu governo.

Na réplica, Bolsonaro citou a delação de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil com Lula, e disse que o governo petista foi feito "a base de roubo". "Seu governo foi marcado pela cleptocracia, para conseguir apoio dentro do Parlamento. O seu governo foi o mais corrupto da história do Brasil."

Lula, por sua vez, não rebateu diretamente à crítica e afirmou que seu governo foi o que gerou mais emprego, inclusão, investimento na educação e lucro para a Petrobras. Citou ainda o menor desmatamento na Amazônia e o reassentamento de terras. "O país que eu deixei é um país que o povo tem saudade", disse o ex-presidente, acusando Bolsonaro de "destruir o país" e "inventar números".

Antes da pergunta do atual chefe do Executivo ao ex-presidente, Lula respondeu a uma questão de jornalistas sobre propostas para a área de educação. O petista aproveitou a oportunidade para criticar a atual gestão do Ministério da Educação (MEC). "Lamentavelmente a gente não tem informação do MEC para saber quantas crianças estão hoje com grau de educação muito abaixo do que deveriam estar."

No segundo bloco, outra vez em resposta a uma pergunta de jornalistas do evento, sobre programas de transferência de renda para as camadas mais pobres da população e a maneira de garantir auxílios financeiros em meio a dificuldades nas contas do governo, Lula e Bolsonaro voltaram a trocar críticas.

"Até o ano passado, [o auxílio] era de R$ 192 em média, passamos para R$ 400 de forma definitiva, contra o voto do PT na Câmara", afirmou o presidente. Lula, por sua vez, disse que a manutenção do valor do Auxílio Brasil em R$ 600, hoje até dezembro, não está na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) enviada ao Congresso. "Significa que tem uma mentira no ar. O candidato adora citar números que nem ele acredita."

Antes da réplica, Bolsonaro sorriu e reforçou o argumento de que o PT foi contrário ao aumento do valor do benefício para R$ 400. "Votou, sim, para de mentir. Tá no seu DNA. Mentir e inventar números".

Além dos líderes das pesquisas de intenção de voto, participam Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Luiz Felipe d'Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil), de partidos com representantes na Câmara.

O debate, organizado em pool por Folha, UOL e TVs Bandeirantes e Cultura, quase ficou sem seus protagonistas. Bolsonaro vinha repetindo que só participaria de eventos do tipo em eventual segundo turno, enquanto Lula, ao antecipar problemas de agenda, chegou a sugerir que as emissoras se organizassem em pool de órgãos de imprensa para os debates, o que ocorreu com o consórcio.

De acordo com a pesquisa Datafolha mais recente, realizada de 16 a 18 de agosto, o petista aparece à frente, com 47% das intenções de voto, contra 32% do atual presidente. Assim, a distância entre os candidatos, que já foi de 21 pontos percentuais, em julho, agora é de 15.

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