Datafolha: 40% dizem não votar em Haddad de jeito nenhum, ante 33% em Tarcísio

Pesquisa mede rejeição de candidatos ao Governo de SP na véspera da votação do 1º turno

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São Paulo

Apesar de líder na corrida para o Governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT) é o candidato mais rejeitado pelos eleitores. De acordo com pesquisa Datafolha deste sábado (1º), véspera do primeiro turno, 40% dos eleitores não votariam no petista de jeito nenhum.

O segundo candidato mais rejeitado é Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 33%. Rodrigo Garcia (PSDB), que busca a reeleição, é rejeitado por 20%.

Fernando Haddad (PT), candidato ao Governo de São Paulo - Marlene Bergamo/Folhapress

Na rodada anterior, divulgada na quinta-feira (29), Haddad era rejeitado por 37%, Tarcísio por 29%, e Rodrigo por 20%.

Entre os postulantes nanicos, o índice de rejeição é de 14% para Elvis Cezar (PDT) e Altino (PSTU); 13% para Vinicius Poit (Novo), Gabriel Colombo (PCB), Edson Dorta (PCO) e Antonio Jorge (DC).

Carol Vigliar (UP) é rejeitada por 12%. Outros 3% não rejeitam nenhum, 4% rejeitam todos, e 10% não sabem.

A pesquisa deste sábado mostra Haddad com 39% dos votos válidos, seguido de Tarcísio (31%) e Rodrigo (23%).

O Datafolha passou a destacar o resultado dos votos válidos, que exclui da conta de intenção de votos brancos, nulos e indecisos, pois esse é o critério usado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para contabilizar o resultado do pleito.

Apesar do antipetismo e do conservadorismo que caracterizam o eleitorado de São Paulo, onde o PSDB governa há quase 30 anos, Haddad esteve à frente dos adversários nas pesquisas durante toda a campanha. Ele tem tentado colar suas agendas e propagandas no presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pode vencer no primeiro turno.

Enquanto isso, Tarcísio e Rodrigo se engajaram numa disputa paralela por uma vaga no segundo turno. Os dois iniciaram a campanha desconhecidos e foram crescendo em intenção de votos —Tarcísio de forma mais acelerada e constante que Rodrigo, que estagnou no final.

Tarcísio teve como estratégia, assim como Haddad, evocar a polarização nacional e deixar claro para o eleitor que é o candidato apoiado por Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo. Sem um presidenciável próprio, Rodrigo buscou esconder seu aliado João Doria (PSDB) e se ancorou no legado tucano, ao mesmo tempo em que apostou na mobilização de prefeitos e no voto útil antipetista na reta final.

A nova pesquisa Datafolha, contratada pela Folha e pela TV Globo, ouviu 3.700 pessoas em 79 municípios, de sexta-feira (30) a sábado. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número SP-09987/2022.

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