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Candidatos a prefeito em São Bernardo rejeitam museu sobre Lula

Em São Bernardo do Campo, na região do ABC Paulista, dois candidatos a prefeito prometem suspender a construção do Museu do Trabalhador, que terá acervo sobre as greves no fim da década de 1970 e sobre a trajetória do ex-presidente Lula, morador da cidade.

O candidato Orlando Morando (PSDB) promete instalar no local uma fábrica de cultura. Já Alex Manente (PPS) quer dedicar um andar da obra para sediar uma pinacoteca e, no outro, fazer um restaurante Bom Prato, que serve refeições por R$ 1.

"O investimento vem do Ministério da Cultura e pode ser utilizado para outros fins", diz Manente. A construção do museu começou em 2012, com previsão de durar nove meses e custo de R$ 18 milhões.

Karime Xavier - 9.jul.2015/Folhapress
SÃO BERNARDO DO CAMPO / SÃO PAULO / BRASIL - 09/07/15 -11 :00h - MUSEU DO TRABALHADOR NO ABC. PRÉDIO ABANDONADO DO QUE SERIA O MUSEU DO TRABALHADOR. ( Foto: Karime Xavier / Folhapress) . ***EXCLUSIVO***PODER
Obra do Museu do Trabalhador, em São Bernardo do Campo (SP)

Além do museu, outras obras são destaque na campanha eleitoral local. Corredores de ônibus e estruturas de drenagem contra enchentes também estão inacabadas.

A atual gestão de Luiz Marinho (PT) culpa cortes em repasses federais pelos atrasos e promete terminar o museu este ano.

À frente da cidade desde 2009, o partido lançou Tarcísio Secoli, 60, pouco conhecido em São Bernardo. Metalúrgico por 35 anos, ele coordenou as duas campanhas de Marinho à prefeitura e foi secretário de Serviços Urbanos.

Como bandeiras, o petista cita um novo hospital de clínicas e a implantação da coleta seletiva, além de prometer terminar obras inacabadas.

O petista enfrenta políticos mais jovens. Morando, 36, do PSDB, está no quarto mandato como deputado estadual e é empresário do setor varejista. Em sua campanha, também promete terminar as obras. "São Bernardo virou um canteiro de obras inacabadas, uma vergonha", diz Morando.

Manente, 37, formado em direito e deputado federal, iniciou a carreira política aos 18 anos seguindo os passos do pai, o ex-vereador Otávio Manente (1955-2011).

Para gerar empregos, ele promete trazer empresas de tecnologia de fora do país para a cidade. "São Bernardo virou uma cidade dormitório devido à falta de oportunidades", diz Manente, que promete, ainda, diminuir o número de secretarias e de funcionários comissionados.

A cidade de 815 mil habitantes enriqueceu como polo de produção de automóveis na década de 1970. No entanto, várias fábricas migraram e as que ficaram enfrentam dificuldades com a crise econômica.

A Mercedes-Benz, por exemplo, onde Secoli trabalhou por 35 anos, colocou 10 mil funcionários em licença remunerada por tempo indeterminado e dispensou 1.400 pessoas nos últimos meses.

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