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Candidato do PSDB é barrado e Osasco pode ter segunda eleição decidida na Justiça

Reprodução/Facebook
Celso Giglio
Celso Giglio, candidato à Prefeitura de Osasco pelo PSDB

Osasco, na Grande São Paulo, vive em 2016 mais uma eleição em que poderá ter seu destino definido pelo judiciário. No domingo (11), a Justiça Eleitoral negou o registro da candidatura de Celso Giglio (PSDB), candidato que também foi barrado na eleição de 2012

Giglio foi considerado ficha-suja porque as contas da prefeitura de Osasco referentes a 2004, quando ele era prefeito, foram rejeitadas pela Câmara. A campanha ainda não informou se irá recorrer da decisão.

Em 2012, Giglio teve sua candidatura negada, mas disputou a eleição enquanto aguardava o resultado de um recurso. Ele teve 149 mil votos e foi o vencedor do primeiro turno. No entanto, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) manteve a decisão e os votos dados a ele foram anulados.

Com essa anulação, não houve segundo turno na cidade e Jorge Lapas (na época no PT e hoje no PDT), segundo colocado, assumiu o cargo.

Giglio conseguiu se reeleger deputado estadual em 2014, pois conseguiu uma liminar para suspender a rejeição das contas de 2004. No entanto, depois da eleição, o Tribunal de Justiça de São Paulo considerou regular a decisão dos vereadores

"Não há como nos tirar do páreo", alegou o tucano no começo da campanha. O argumento é que a rejeição das contas não foi por dolo ou improbidade administrativa. "Não há nada que nos impeça senão não chegaríamos até aqui, somos muito cautelosos, não fiz nada de errado".

DISPUTA

Pela primeira vez em 24 anos, o PT não está entre as duas principais forças da eleição. O partido, que governa Osasco desde 2005, lançou o deputado federal Valmir Prascidelli, ex-vice de Lapas.

Lapas, que teve 138 mil votos em 2012, busca a reeleição e ensaia independência com uma coligação de 17 partidos, sem o apoio do seu padrinho político, o ex-prefeito Emidio de Souza, presidente estadual do PT.

Lapas deixou o PT neste ano, após desentendimentos com o ex-deputado federal João Paulo Cunha (PT), que fazia críticas a gestão.

"As pessoas acreditam neste projeto. A velha política representada pelo PSDB, está esgotada, precisa algo novo. E o novo não é quem não tem competência", afirmou Lapas.

A crítica ao 'novo' é direcionada ao vereador Rogério Lins (PTN), considerada a terceira força na disputa, e que vem construindo sua candidatura desde a eleição de 2014, quando foi o mais votado para deputado federal na cidade. Ele tem apoio do ex-prefeito Francisco Rossi (PR).

"Quando a gente pensa em melhoria para educação, saúde, habitação, muitas vezes as pessoas lembram que o atual gestor não é o que as pessoas escolheram", alfinetou Lins, sobre a eleição de 2012.

ENCHENTES E SAÚDE

Durante as gestões petistas, a cidade aproveitou a proximidade com o governo federal e recebeu algumas obras, como sete escolas, mas não resolveu um de seus principais problemas, as enchentes.

Há um ano, a cidade recebeu um projeto de R$ 80 milhões que integra o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que promete acabar com os alagamentos, mas a região do Rochdale ainda não viu resultados.

"Quando chove, fica intransitável", diz a analista de RH, Roseli Costa, 52, moradora do Jardim D'Ávila. Ela também reclama do transporte público. "O ônibus demora muito no horário de pico".

Promessa de campanha, o bilhete único, bandeira do PT na capital, segue sem permitir integrações. A saúde também aparece nas reclamações dos moradores. "Não tem posto de saúde decente", diz a assistente de atendimento, Miguelita Luna, 46, moradora da Vila Yolanda. O governo diz que foram entregues duas Unidades de Pronto Atendimento e quatro unidades básicas de saúde.

Além disso, a construção de uma nova sede da prefeitura tem causado polêmica. O projeto é realizado pela iniciativa privada e, em contrapartida, a prefeitura cederia áreas públicas. No entanto, o PSDB entrou com uma ação de inconstitucionalidade contra a doação dos terrenos.

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