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Crivella adultera foto para preservar Lula em ataque a Pedro Paulo

A campanha do senador Marcelo Crivella (PRB) adulterou uma foto exibida em sua propaganda de TV para atacar Pedro Paulo (PMDB) sem melindrar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Crivella divulgou uma imagem na qual o peemedebista está acompanhado do governador licenciado Luiz Fernando Pezão (PMDB), o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e o prefeito Eduardo Paes (PMDB). No vídeo, ele ataca Pedro Paulo e seus correligionários.

Reprodução
O ex-ministro Antonio Palocci, preso na segunda-feira (26) em nova fase da Lava Jato
Montagem retira Lula de foto com Pedro Paulo (centro), Pezão, Sergio Cabral e Eduardo Paes

Contudo, a imagem original, feita em fevereiro de 2015, conta também com a imagem do ex-presidente Lula ao lado de Pedro Paulo. A foto foi feita em jantar na Gávea Pequena, residência oficial do prefeito do Rio, quando todos buscavam demonstrar apoio à pré-candidatura do então secretário-executivo municipal.

A adulteração da imagem foi revelada pelo jornalista Fernando Molica em sua página no Facebook.

Crivella retirou Lula porque ainda espera contar com o apoio do petista num eventual segundo turno. As chances são remotas, já que o senador votou a favor do afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff. Num comício, o ex-presidente chamou o candidato do PRB de "traidor".

Em entrevista à Folha, Crivella disse que Lula "está sendo de certa forma perseguido" pelo Ministério Público Federal. Foi um aceno para reaproximação com o petista.

O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) afirmou que vai investigar o caso. A campanha de Pedro Paulo entrou com uma representação contra a propaganda.

A assessoria de imprensa do candidato do PRB não havia se manifestado até a publicação desta nota.

Em carreata, a deputada Jandira Feghali (PC do B) afirmou que dificilmente Lula apoiará outra candidatura no segundo turno que não a sua, que já tem o apoio do petista.

"Acho muito difícil que o Lula entre no segundo turno se eu não estiver lá, porque ninguém mais defendeu o seu projeto, nem na esquerda, muito menos entre os traidores", afirmou ela.

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