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Após 'susto', ex-ministro Edinho Silva vence disputa em Araraquara

Simone Dib/Folhapress
Edinho Silva (PT), candidato à Prefeitura de Araraquara, durante caminhada no bairro Vale do Sol, no interior de SP, nesta terça-feira
O ex-ministro Edinho Silva (PT), que foi eleito prefeito de Araraquara, no interior de São Paulo

Após ficar atrás em boa parte da apuração, o ex-ministro (Secom) Edinho Silva (PT) venceu a eleição à Prefeitura de Araraquara (a 273 km de São Paulo) neste domingo (2).

O petista, um dos homens fortes da segunda gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, obteve 41.220 votos, ou 41,71% dos votos válidos, à frente da sua ex-mulher, Edna Martins (PSDB), que alcançou 28.595, 28,93% dos votos, e vai governar a cidade pela terceira vez.

Com quase 50% das urnas apuradas, a candidata tucana estava à frente na apuração. Apesar da vitória, a votação de Edinho, que administrou a cidade entre 2001 e 2008, foi obtida com votação inferior ao que indicavam as pesquisas eleitorais.

Na última delas, divulgada neste sábado (1º), o petista aparecia com 58% dos votos válidos, ante 20% da concorrente tucana. A margem de erro era de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.

Aluisio Boi (PMDB), candidato apoiado pelo prefeito peemedebista Marcelo Barbieri, foi o terceiro colocado, com 12,56% dos votos válidos, seguido por Nino Mengatti (PSB), com 8,53%, Celio Peliciari (PSOL), com 5,58%, e João Farias (PRB), com 2,68%.

'AUTOCRÍTICA'

Até o começo da noite deste domingo (2), 251 petistas foram eleitos prefeito no pleito deste ano. O número é menos da metade dos 630 nomes que a sigla elegeu para comandar municípios em 2012.

A redução drástica é reconhecida por Edinho, que afirma que agora é hora de o PT "reconhecer que errou" ao "reproduzir o mesmo modelo de financiamento" de campanha política adotado por outros partidos.

"É o momento de o PT, com muita tranquilidade, valorizar o seu legado, mas também se reconectar com a sociedade. É preciso um esforço. Em algum momento tem que fazer a autocrítica por ter reproduzido o mesmo modelo de financiamento político", disse Edinho à Folha.

O ex-tesoureiro de Dilma foi citado por mais de um delator na Lava Jato por ter "pressionado" empresários como Ricardo Pessoa, ex-presidente da construtora UTC, a fazer doações para a campanha à reeleição de Dilma. Ele nega as acusações.

Questionado sobre o motivo de o desgaste do PT e a imagem de corrupto não ter influenciado na sua eleição, Edinho, que foi prefeito de Araraquara de 2001 a 2008, diz que a população da cidade o conhece.

"As pessoas de Araraquara me conhecem e sabem que não sou nada disso, que governei de forma ética e nunca tive nenhum escândalo na minha gestão. Eu enfrentei o debate político", completou.

ATAQUES

No último mês, o petista foi atacado pelos concorrentes em debates e no horário eleitoral na TV e no rádio.

Mengatti, João Farias e Edna o criticaram num debate por medidas adotadas no período em que governou Araraquara, por sua ligação com a ex-presidente Dilma Rousseff ou por ter sido citado na Lava Jato.

Edinho se defendeu dizendo que não entraria nas provocações e que é vítima de acusações infundadas dos candidatos.

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